São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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Trabalhistas divulgam pacote de governo

PAULO HENRIQUE BRAGA
DE LONDRES

A rainha Elizabeth 2ª anunciou ontem o pacote de propostas que o governo trabalhista do Reino Unido pretende colocar em prática nos próximos 17 meses.
As propostas visam cumprir a maioria das promessas feitas pelos trabalhistas durante a campanha eleitoral que conduziu Tony Blair à vitória em 1º de maio.
O principal ponto do pacote de 26 projetos de lei a serem submetidos ao Parlamento é a melhoria no sistema educacional.
Os projetos abordam também o sistema público de saúde e o combate ao desemprego, entre outras medidas.
A cerimônia que marcou o início dos trabalhos no Parlamento de Westminster foi realizada na Câmara dos Lordes. A rainha apenas lê um discurso elaborado pelo primeiro-ministro.
Elizabeth 2ª abriu o pronunciamento anunciando a visita ao Reino Unido do presidente Fernando Henrique Cardoso.
FHC deve visitar o país entre 2 e 4 de dezembro. Depois, a rainha descreveu os projetos a serem implantados pelo governo.
Blair, eleito após 18 anos de governo conservador, não deve ter dificuldades para aprovar suas propostas no Parlamento.
O Partido Trabalhista tem uma maioria de 179 cadeiras na casa, a maior em 165 anos.
O ex-premiê John Major acusou Blair, que conduziu seu partido para o centro do espectro político, de roubar as idéias do Partido Conservador para vencer a eleição de 1º de maio.
Ele disse que o crédito pela boa situação econômica do país é seu e de sua antecessora, a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher.
"A estrada para o inferno é pavimentada de boas intenções e o discurso (da rainha)... é cheio de boas intenções", afirmou.
Sinn Fein Os dois parlamentares da Irlanda do Norte eleitos pelo Sinn Fein tiveram negada ontem permissão para estabelecer escritórios no Parlamento porque se recusam a prestar o juramento de lealdade à rainha.
O partido é o braço político do IRA (Exército Republicano Irlandês), que luta pelo fim do domínio britânico na Irlanda do Norte.
Gerry Adams, presidente do partido, e Martin McGuinness, vice, já sabiam que não poderiam ocupar suas vagas na Câmara dos Comuns, mas esperavam ter acesso às instalações do local.
"Aqueles que optam por não tomar seus assentos não devem ter acesso às facilidades e benefícios desta casa sem que assumam também suas responsabilidades como membros", disse a presidente da Câmara, Betty Boothroyd.
Formalmente, os dois deputados poderiam ter escritórios no local sem prestar o juramento, mas Boothroyd decidiu tornar as regras mais severas.

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