São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997 |
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Portella nega saber de algo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, José Luiz Portella Pereira, nega qualquer conhecimento de eventuais esquemas de deputados acreanos com empreiteiras para liberar verbas do Orçamento federal."Eu de fato recebi o governador Orleir Cameli e a bancada do Acre, mas eles vieram pedir o que é um direito do Estado: o cumprimento do que estipula o Orçamento", diz Portella. O secretário-executivo dos Transportes diz ter recebido duas vezes neste ano o governador Orleir Cameli. 'Nada' A seu favor, Portella diz não ter liberado "nada" para o Acre neste ano. Nas gravações obtidas pela Folha, o deputado Ronivon Santiago dizia aguardar a liberações em abril. "É natural que o Acre tenha algum tipo de liberação em breve, mesmo porque o Orçamento prevê esse tipo de gasto", diz Portella. Segundo Portella, o Acre tem previstos no Orçamento deste ano cerca de R$ 29 milhões. "Até junho, seria natural que metade desse valor já tivesse sido gasto. Mas isso ainda não aconteceu", afirma Portella. DER O órgão responsável pela fiscalização de eventuais desvios ou uso inadequado de verbas federais é o DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem) do Acre. Segundo Portella, só esse órgão seria capaz de fiscalizar os supostos acordos ilícitos que deputados teriam perpetrado com empreiteiras. O secretário-executivo dos Transportes diz que nunca, nas suas conversas com o governador do Acre, ficou implícita alguma ligação entre a liberação de verbas e o apoio da bancada acreana à emenda da reeleição de FHC. Texto Anterior: Saiba como agiram os deputados e as empreiteiras Próximo Texto: Dinheiro para estradas era tema constante Índice |
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