São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997
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Inquéritos no STJ investigam Cameli

Governador está em seis casos diferentes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador do Acre, Orleir Cameli (sem partido), está sendo investigado atualmente em seis diferentes inquéritos no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Os inquéritos foram abertos, a pedido do Ministério Público Federal, para apuração de supostas irregularidades, como falsidade ideológica, realização de obra pública sem licitação e desvio de recursos públicos.
Um dos inquéritos apura o uso de quatro CPFs (falsidade ideológica), utilizados em diferentes contratos para criação de empresas do chamado grupo Cameli.
Investigações feitas pela Receita Federal em 1995 concluíram que dois dos CPFs usados pelo governador eram falsos, um estava desativado e outro era legal.
Essa investigação também envolve o pai e dois irmãos do governador, pelo mesmo motivo.
Também está sendo apurada, no STJ, suposta irregularidade na execução de duas obras -reformas no Hospital de Base e no Pronto-Socorro Joana Benício de Souza- sem licitação, ao custo de R$ 2,9 milhões.
Em outro inquérito, o governador do Acre é acusado de favorecer a empresa Cameli Comercial e Distribuidora com o pagamento de R$ 60 mil em fevereiro de 1995, referente a convênio com Cruzeiro do Sul para recuperação de estradas.
Nesse caso, o crime investigado é peculato (uso da função pública para receber vantagem ou desviar recurso em proveito próprio ou de outra pessoa).
Todos os inquéritos no STJ estão parados, neste momento, pendentes de parecer ou diligência do Ministério Público.
O Tribunal de Contas do Estado fez auditoria nas contas do governo estadual, no início de 1995, verificando a liberação de R$ 65,4 milhões de forma supostamente irregular (por ofício e não por meio de empenhos).

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