São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997 |
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Sede de empreiteira é metralhada no AC Empresa tem obras na BR-364 XICO SÁ
Cinco funcionários da construtora dormiam no local, mas nada sofreram. Pelo menos seis tiros acertaram a fachada da casa e o carro Gol, por volta das 3h. Segundo o engenheiro Ronaldo Bezerra, diretor da Enpa em Rio Branco, os autores do que classificou como "atentado" aproveitaram o momento da divulgação do escândalo da compra de votos para fazer terror e cobrar dívidas. A Enpa tem atrasado o pagamento às empreiteiras contratadas para tocar obras da rodovia BR-364 (Rio Branco-Sena Madureira) -a dívida é de cerca de R$ 400 mil. "Esse deve ser o motivo do atentado", disse Bezerra. "O estranho é que acontece logo agora quando divulgaram esse escândalo dos deputados da reeleição." Pressão O diretor da construtora, que dormia no local, avalia que os tiros são também uma forma de pressionar o governo estadual, intermediário nos pedidos de verbas do DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem) para o pagamento dos atrasados. A Enpa é uma empresa com sede em Cuibá e ganhou o contrato para fazer 60 km da BR-364 (entre terraplenagem e pavimentação) em 1995. Deve entregar neste ano. Na Assembléia Legislativa do Acre, deputados de oposição denunciaram a empreiteira de Cuiabá como suspeita de favorecimentos na sua relação com o governador Orleir Cameli (sem partido). Assessores do governo negaram qualquer envolvimento irregular entre Cameli e a Enpa. A Polícia Civil do Acre realizou ontem uma perícia técnica no local para iniciar as investigações. Texto Anterior: Sérgio Motta propôs ajuda, diz prefeito Próximo Texto: Tranquilo na guerra Índice |
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