São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997
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Suspensão tem maioria

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Apenas 32% dos paulistanos defendem o prosseguimento normal da votação da emenda da reeleição no Congresso. A maioria é a favor da suspensão do processo (33%) ou mesmo de uma nova votação da emenda na Câmara (31%).
Para 69% dos paulistanos, alguns deputados só votaram a favor da reeleição porque receberam dinheiro para isso. Só 21% acham que eles se manifestaram a favor da emenda por suas convicções.
A paralisação do trâmite da emenda da reeleição é defendido principalmente pelos mais jovens (41% entre as pessoas de 16 a 25 anos) e pelos que têm nível superior (40%).
Em relação ao futuro do ministro Sérgio Motta (Comunicações), implicado no escândalo pelas gravações, a opinião dos paulistanos muda em função de quem deve tomar a decisão.
A maioria absoluta das pessoas (57%) defende o afastamento voluntário e temporário do ministro. Ainda respondendo à mesma pergunta, outros 23% disseram que ele deve renunciar ao cargo.
Só 17% acham que ele deve continuar normalmente em suas funções.
Entretanto, quando perguntados sobre qual a atitude que o presidente Fernando Henrique Cardoso deve tomar em relação a Sérgio Motta, os paulistanos, em sua maioria (60%), afirmaram que ele deve mantê-lo no cargo até o fim das investigações.
Outros 38% defendem a demissão imediata do ministro.
Em outras palavras, a maioria dos paulistanos acha que Sérgio Motta deveria deixar o ministério, mesmo que temporariamente, com suas próprias pernas. Mas também é contra a demissão sumária se decidida só pelo presidente.
(JRT)

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