São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997 |
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Suspensão tem maioria
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Para 69% dos paulistanos, alguns deputados só votaram a favor da reeleição porque receberam dinheiro para isso. Só 21% acham que eles se manifestaram a favor da emenda por suas convicções. A paralisação do trâmite da emenda da reeleição é defendido principalmente pelos mais jovens (41% entre as pessoas de 16 a 25 anos) e pelos que têm nível superior (40%). Em relação ao futuro do ministro Sérgio Motta (Comunicações), implicado no escândalo pelas gravações, a opinião dos paulistanos muda em função de quem deve tomar a decisão. A maioria absoluta das pessoas (57%) defende o afastamento voluntário e temporário do ministro. Ainda respondendo à mesma pergunta, outros 23% disseram que ele deve renunciar ao cargo. Só 17% acham que ele deve continuar normalmente em suas funções. Entretanto, quando perguntados sobre qual a atitude que o presidente Fernando Henrique Cardoso deve tomar em relação a Sérgio Motta, os paulistanos, em sua maioria (60%), afirmaram que ele deve mantê-lo no cargo até o fim das investigações. Outros 38% defendem a demissão imediata do ministro. Em outras palavras, a maioria dos paulistanos acha que Sérgio Motta deveria deixar o ministério, mesmo que temporariamente, com suas próprias pernas. Mas também é contra a demissão sumária se decidida só pelo presidente. (JRT) Texto Anterior: 91% dos paulistanos defendem CPI; aprovação a FHC cai 7 pontos Próximo Texto: Cronologia Índice |
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