São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997
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Paula e Guilherme estão juntos, diz Glória

LUCIA MARTINS
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Guilherme de Pádua e Paula Thomaz nunca romperam e apenas fingem que o casamento acabou, para terem benefícios no julgamento pelo assassinato da atriz Daniella Perez.
Essa é a versão apresentada pela mãe de Daniella, a novelista Glória Perez, e usada ontem pela acusação no julgamento de Paula.
"É claro que os dois nunca brigaram. Eles sempre estiveram juntos, só armaram tudo isso para tirar proveito no julgamento", disse a mãe de Daniella.
A acusação "requentou" o argumento de Glória Perez após a leitura do trecho do inquérito (feita anteontem à noite) que narra o encontro que Paula Thomaz e Guilherme de Pádua tiveram há cerca de dois anos e que provocou a punição dos policiais que os ajudaram na aproximação.
"Paula foi levada até a cela de Pádua, e os dois passaram cerca de cinco horas juntos. Paula confirmou a história, e os policiais foram punidos. Mas como ela poderia ter aceitado o encontro, após ter sido acusada por Pádua de ser a autora do crime. Isso mostra que a cumplicidade dos dois nunca terminou", disse Lavigne.
Segundo ele, isso ajuda a provar que Paula sempre foi cúmplice e que ela participou da morte de Daniella Perez.
Glória afirma que tem certeza de que os dois continuam se comunicando e de que tudo isso faz parte de uma estratégia "para evitar punição". "Achar que os dois acabaram tudo é ingenuidade", disse.
Família
A família da acusada nega que Pádua e Paula tenham qualquer tipo de envolvimento hoje.
"Eles nunca mais se falaram. Tenho certeza de que ela não quer mais ver o Pádua", disse o tio de Paula, Luciano Nogueira, que ontem acompanhava o julgamento.
Segundo o tio, Paula nunca fala de Pádua quando ele vai visitá-la na cadeia. "Ela não toca no assunto porque não há qualquer tipo de comunicação entre os dois. Nem dela nem de membros da família porque, até o filho (Felipe) é levado para visitar o pai pela irmã de Pádua."
Segundo Nogueira, a prova disso são as cartas que Pádua enviava à Paula, fazendo ameaças e pedindo que ela admitisse o crime. Essas cartas, disse ele, foram anexadas ao processo e foram outro trunfo da defesa.
"Lendo aquelas cartas você tem a certeza de que os dois só poderiam estar totalmente rompidos. É absurdo dizer o contrário", afirmou o tio de Paula.
O pais de Paula não quiseram comentar o assunto.

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