São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997 |
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Estado de SP enfrenta surto de sarampo com 209 casos
MALU GASPAR
O Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado (CEV) registrou 202 casos da doença no Estado -133 na capital- desde o final do ano passado. A maioria dos casos -124 na capital e 187 em todo o Estado- ocorreu neste ano. Segundo o diretor do CVE, Julio Cesar de Magalhães Alves, uma das explicações para ocorrência do surto seria o índice de falha da vacina, que no caso de sarampo, varia de 5% a 8%. "A falha se acumula durante os anos. Por isso, às vezes, os casos aumentam muito", disse. Um fator agravante, segundo ele, é a falha na distribuição de vacinas, principalmente a tríplice, que há cerca de seis meses está em falta nos postos de saúde. "Quando a mãe não encontra uma das vacinas, ela espalha para outras mães, que deixam de ir ao posto de saúde". Segundo ele, a faixa etária em que há mais risco de contrair sarampo é de 0 a 5 anos. No entanto, os adultos são os mais atingidos, principalmente os de 20 a 29 anos -são 98 casos desde o final do ano passado, quase metade do total. Para o diretor do CEV, existe a hipótese de que as crianças estejam transmitindo o vírus aos adultos. Segundo dados cedidos ao deputado estadual Jamil Murad (PC do B) pelo CVE, o fornecimento de vacinas contra sarampo caiu de 669,7 mil doses em 1994 para 625,5 mil em 1996. O números de doses da tríplice fornecidas pelo governo Federal caiu de 667 mil para 546 mil no mesmo período. O diretor do CVE disse que o governo do Estado receberá, até o final de maio, as doses de vacina que faltam. A partir de junho, a Secretaria Estadual da Saúde vai iniciar uma campanha de multivacinação que pode ajudar a conter o surto. Texto Anterior: Programa muda conduta sexual de portuários em Santos Próximo Texto: A evolução dos casos de sarampo Índice |
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