São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997 |
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Universidade põe seus alunos em campo
PAULO PEIXOTO
A partir de julho, o UFMG/Sete de Setembro entra nos campos de Minas Gerais com o objetivo de chegar à divisão principal do Campeonato Mineiro. Até outubro, o time da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) irá participar do torneio de acesso à segunda divisão do Campeonato Mineiro, com duas vagas em disputa. A formação do time universitário é uma iniciativa inédita no país, desenvolvida pela Escola de Educação Física da UFMG, que busca revelar e formar atletas usando recursos científicos e tecnológicos. Como a universidade não pode ter jogadores profissionais, a saída foi se associar ao Sete de Setembro -um tradicional time de Belo Horizonte em décadas passadas, que nos últimos anos está sendo administrado pelo América-MG. "Queremos chegar à primeira divisão em 1999", afirmou o treinador do time, o professor Jurandy Guimarães Gama Filho, 39. A idéia é ter pelo menos 60% dos jogadores cursando a universidade. O América já cedeu à UFMG quatro jogadores -três universitários- e deve ceder mais três. A Escola de Educação Física compôs o grupo com alguns estudantes universitários, secundaristas e ex-jogadores. São 26 atletas -com idades entre 18 e 25 anos-, 18 deles que já jogaram em algum clube ou na várzea. Toda a comissão técnica será formada por professores e bolsistas da UFMG, incluindo médicos, fisiologistas, preparadores físicos, treinador de goleiros, psicólogos, entre outros, além do treinador. Vários departamentos da UFMG participam do projeto, incluindo a Faculdade de Comunicação Social, que vai criar uma revista e um jornal para divulgar o projeto e os seus resultados. Recursos A administração dos recursos do UFMG/Sete de Setembro será feita pelo América-MG. O clube também fornecerá material de treino. Os salários serão pagos pelo América e pela UFMG, com a exploração de placas de publicidade no estádio Independência, do América. A universidade busca um patrocinador para o time. "O custo é baixo, cerca de R$ 15 mil por mês. Quem investir terá retorno certo", diz Gama Filho. Segundo ele, os atletas vão ganhar um salário mínimo (R$ 120,00). Os professores que integram o projeto serão remunerados como bolsistas pela Pró-Reitoria de Extensão da UFMG. Os recursos serão sob a forma de doações, incluindo a participação que a UFMG terá na venda de jogadores, parte do convênio ainda em discussão com o América-MG. Texto Anterior: Dualib não vai e pede para depor por carta; Petraglia falta e alega negócio na Argentina; Procuradora adia pedido de inquérito Próximo Texto: Basquete é inspiração Índice |
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