São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997
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Massacre marca início da campanha eleitoral

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Rebeldes muçulmanos mataram 30 pessoas, a maioria delas crianças, na Argélia. O massacre aconteceu na aldeia de Chebli, 50 km ao sul da capital, Argel, anteontem.
Na mesma noite, o vilarejo de Faner, 30 km ao sul de Argel, foi saqueado e incendiado.
Poucas horas depois, o primeiro-ministro Ahmed Uyahia inaugurou oficialmente a campanha para a eleição de 5 de junho.
As autoridades informaram que as pessoas foram "assassinadas de uma forma covarde", expressão usada quando os rebeldes cortam as gargantas de suas vítimas. Entre elas havia 19 crianças (dois bebês) e sete mulheres.
Em 13 de abril, 93 pessoas foram assassinadas num outro massacre na mesma cidade, Chebli.
Eleição
A chacina aumenta os temores de que a campanha eleitoral, de três semanas, seja violenta.
A eleição legislativa vai ser a primeira desde a de 1992, quando o governo anulou o segundo turno, para impedir a vitória da Frente Islâmica de Salvação (FIS).
A FIS então lançou uma campanha de terrorismo que já matou pelo menos 60 mil pessoas.
O governo pretende mobilizar 130 mil soldados para garantir a segurança da eleição de junho, que vai ser disputada por 39 partidos e 7.747 candidatos.

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