São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997
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Votos à venda; Estímulo; Indignação; Incentivos financeiros; Sensatez; Porte de arma; Chance perdida

Votos à venda
"Não seria a hora de 'reduzir' a alíquota para a importação de políticos?
Com a economia globalizada, poderíamos a um custo muito inferior trazer políticos padrão ISO 9000, ficando livres dos nossos políticos padrão 171!"
Luiz de Almeida (Belo Horizonte, MG)
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"A Folha tirou a toalha do Serjão na saída da sauna."
Paulo Pires de Campos (Brasília, DF)
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"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo externa seu repúdio às ameaças feitas aos jornalistas da Folha responsáveis pela apuração do esquema para aprovar a emenda da reeleição.
Solidarizamo-nos com os profissionais que estão cumprindo o papel de informar a sociedade, em busca da verdade."
Kepler Fidalgo Polamarçuk, diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
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"Impeachment para FHC já."
Tobias José Barreto de Menezes (Campinas, SP)
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"Sobre o neo-escândalo, ressaltam uma conclusão histórica e uma possibilidade. A conclusão: é insuperável a capacidade de nossas elites de tornar todos nós um permanente bando de idiotas. Reagiremos algum dia?
A possibilidade: quem sabe desta vez a Folha finalmente abandonará o encanto tucano e sua falsa modernidade."
Zander Navarro (Porto Alegre, RS)
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"Como acreana, senti-me ultrajada ao tomar conhecimento de que, em algum lugar, ser do Acre é sinônimo de desqualificado.
Parecem imperar no Brasil falsos e generalizados conceitos contra 'os menos': o pobre é sempre um suspeito (pode até ser queimado, é lixo...) e os Estados de menor expressão econômica e política são 'balaios de analfabetos e desqualificados'. Alto lá!"
Mauricila Ribeiro de Sant'Anna Soares (São José, SC)
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"Parabéns à Folha e a Fernando Rodrigues por evidenciar o que muitos de nós suspeitávamos, mas não tínhamos como provar."
Luciano Zica, deputado federal pelo PT-SP (Brasília, DF)

Estímulo
"É muito bom que Gilberto Dimenstein traga para este país as experiências educacionais americanas que demonstram que estímulo, afeto, brinquedos educativos e leituras para crianças refletem sobre o quociente de inteligência, o comportamento escolar e sobre as possibilidades de emprego.
Quero recordar que, no Estado de São Paulo, a experiência com crianças do Profic (Programa de Tempo Integral nas Escolas Públicas para Crianças mais Carentes, iniciado no governo Montoro) demonstrou, há mais de dez anos, exatamente isso."
José Aristodemo Pinotti, deputado federal (São Paulo, SP)

Indignação
"Sobre a reportagem de 13/5 sobre a situação carcerária no Estado de São Paulo, venho manifestar minha indignação em relação ao título '30% poderiam estar fora da prisão' e as considerações feitas pelo advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente do Conselho Estadual de Política Criminal e Penitenciária de São Paulo.
Uma das causas da superlotação dos presídios, afirma o entrevistado, seria a falta de assistência jurídica, que, se eficiente, teria beneficiado pelo menos 30% dos detentos. A afirmativa, no entanto, é superficial e não vem fundada em dados objetivos.
A assistência judiciária, integral e gratuita, vem sendo efetivamente prestada pelo Estado, por intermédio da Procuradoria de Assistência Judiciária.
Procuradores do Estado especialmente designados acompanham os processos dos sentenciados que não podem pagar advogado, sendo também responsáveis pela coordenação dos 120 advogados contratados pela Fundação Professor Manoel Pedro Pimentel (Funap), entidade conveniada com a Procuradoria Geral do Estado para atendimento jurídico aos presos.
Há eficiência no serviço prestado por profissionais altamente qualificados, que vêm buscando a cada dia o aperfeiçoamento."
Marcia Junqueira Sallowicz Zanotti, subprocuradora geral do Estado (São Paulo, SP)

Incentivos financeiros
"Sobre a reportagem 'Mercedes ganha fábrica de Minas Gerais' (4/5): o governo de Minas procurou montar uma estratégia baseada em 'incentivos financeiros' e não em 'incentivos fiscais'.
A empresa que se instala no Estado não recebe uma doação, mas se beneficia de parte do ICMS gerado por ela mesma e que será pago num período previamente acordado.
Esses recursos constituem três fundos aprovados pela Assembléia Legislativa e que são usados para a atração de novas e mais empresas para Minas, sem qualquer desembolso de dinheiro do Tesouro Estadual.
A regra geral é essa, variando apenas de acordo com o porte do projeto e repercussão sobre a economia mineira."
Álvaro César Cunha, assessor-chefe de comunicação social da Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)

Sensatez
"Gostaríamos de parabenizar a Folha pelo artigo 'Telefone a R$ 300: surfismo de neobobo', assinado por Elio Gaspari."
Laércio Soares, presidente do Sindicato das Empresas Corretoras de Cessão de Direitos de Uso de Linhas Telefônicas do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Porte de arma
"Ao ler a Folha de 8/5, constatei pela notícia 'Projeto limita porte de arma' que os pacifistas com vocação para vítimas retornam ao irracional ataque contra as armas de fogo, apesar de já terem conseguido a promulgação da lei federal nº 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
Nem vale a pena reiterar todos os argumentos que já sustentei em carta enviada à Folha no segundo semestre do ano passado. Agora, limito-me apenas a sugerir que a Folha, como jornal sério que é, promova uma discussão também séria a respeito do tema, permitindo que pessoas igualmente sérias sustentem ponto de vista contrário.
Creio que seria um processo democrático, para um jornal que sempre defendeu a democracia."
Marcelo Pereira (São Paulo, SP)

Chance perdida
"A Folha deveria ter tomado a iniciativa de peitar a venda da Vale.
Entendo os interesses que movem a Folha também, mas pensando justamente em termos de reprodução de capital, o que renderia mais: tornar-se a liderança nessa luta que a parcela não comprometida com o governo levou adiante, e com isso tornar-se o jornal mais corajoso e vender mais, ou ficar em cima do muro para ganhar alguma concessão pública?
Separem o jornal dos interesses econômicos do Grupo Folha. O jornal deve cumprir seus compromissos: ter o rabo preso com o leitor. Caso contrário, perderá também a credibilidade."
Alvaro Abrantes Cerqueira (Muriaé, MG)

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