São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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Momento-chave; Retrato científico; Quem dá o tom; No mesmo lugar; Não me deixem só; Reação tucana; Casa desarrumada; Recompor a imagem; Lazer prioritário; Dinheiro vivo 1; Dinheiro vivo 2; Linha dura; Coronel de Montecarlo; Leve tripudiada; Nova maquiagem; Na dúvida

Momento-chave
Um membro do governo diz que FHC terá duas semanas fundamentais pela frente para ver se um de seus pilares políticos foi afetado pela denúncia de compra de votos na reeleição: o da honorabilidade. A resposta virá em pesquisas de opinião.

Retrato científico
A pesquisa Datafolha de anteontem fortalece a tese de que as duas próximas semanas são fundamentais, pois mostrou queda de FHC entre os formadores de opinião (mais ricos e mais instruídos), apesar de ser este o grupo que sempre o avalia melhor.

Quem dá o tom
Pesquisas de opinião mostram que um fenômeno se irradia, em regra, dos formadores de opinião para a base. Como o patrimônio político de FHC é forte entre os "formadores", acompanhar este grupo é essencial para saber o tamanho do dano.

No mesmo lugar
O novo ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, que já falou com FHC sobre detalhes da pasta, confirmará José Luiz Portella na secretaria-executiva.

Não me deixem só
Em conversa recente no Alvorada, FHC disse que se sente maltratado e abandonado. Queixou-se especificamente dos segmentos da sociedade civil que apóiam os programas do governo, como o de privatizações, mas não reagem às críticas.

Reação tucana
O PSDB vai iniciar caravanas pelo país. Para defender o governo, desgastado com a denúncia de compra de votos para a reeleição. O calendário sai na primeira reunião da Executiva do partido.

Casa desarrumada
A um amigo, FHC disse que ficou "chocado" ao saber que entre os manifestante que invadiram o Ministério do Planejamento estava Francisco Urbano, presidente da Contag, que é do Diretório Nacional do PSDB.

Recompor a imagem
O presidente deve apoiar explicitamente o projeto de lei que cria salvaguardas ao uso do orçamento pelos candidatos a reeleição. Ele será apresentado no Congresso pelo senador pefelista José Agripino Maia (RN).

Lazer prioritário
A operação desarmamento no Pará fracassou porque a Polícia Federal não conseguiu autorização judicial para entrar nas fazendas. O juiz de Xinguara, Elder Costa, recebeu o pedido, mas não julgou. Saiu de folga.

Dinheiro vivo 1
Quem viu os extratos da conta de João Maia (268181-1, agência do Banco do Brasil na Câmara dos Deputados) ficou curioso em saber a origem de quatro depósitos em dinheiro em janeiro no valor total de R$ 24.050.

Dinheiro vivo 2
Quem viu os extratos da conta de Ronivon Santiago (268289-3, agência do Banco do Brasil na Câmara dos Deputados) ficou curioso em saber a origem de dois depósitos no mês de janeiro no valor total de R$ 40 mil.

Linha dura
ACM mandou reforçar a segurança do Congresso na terça e quarta. Datas das votações da reeleição e da reforma administrativa. Teme manifestações.

Coronel de Montecarlo
Maldade pefelista: embora diga que vai ao principado de Mônaco falar sobre globalização da economia, o líder na Câmara Inocêncio Oliveira (PFL) viajará para as comemorações dos 700 anos da família Grimaldi.

Leve tripudiada
Maldade peemedebista: depois de nomear Padilha (Transportes) e Iris (Justiça), o presidente deixará crescer o bigode.

Nova maquiagem
A PF divulga amanhã edital de licitação para novos passaportes. Que terão tarja magnética, como a dos cartões de banco.

Na dúvida
Enfrentando clima ruim no PMDB paulista, Luiz Carlos Santos tem trabalhado para que seja possível mudar de partido até seis meses antes das eleições para deputado em 98. Atualmente, o prazo exigido é de um ano.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Paulo Bernardo (PT-PR), sobre a escolha de Eliseu Padilha e de Iris Rezende para os ministérios dos Transportes e da Justiça, respectivamente:
- FHC está engolindo as alas do PMDB que andou esnobando e carimbando como fisiológicas.

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