São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997 |
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Grupo mantém 300 crianças
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR Conhecido em todo o Brasil por divulgar as raízes musicais da África, o Olodum realiza um trabalho social em Salvador (BA) que beneficia diretamente cerca de 300 crianças e adolescentes de bairros mais pobres da capital baiana.Fundado há 18 anos, o grupo afro já tem 16 discos gravados (11 no Brasil e 5 no exterior). Localizada no Pelourinho (centro histórico), a Escola Criativa do Olodum oferece gratuitamente aulas de teatro, música, dança, percussão, inglês e informática. Para estudar na Escola Criativa, os alunos não podem ter antecedentes criminais e têm de demonstrar disposição para o aprendizado. "A maioria dos 150 integrantes da banda mirim do Olodum passou pela Escola Criativa", disse João Jorge Rodrigues. Segundo ele, o bloco baiano gasta em média R$ 200 mil por ano apenas para manter suas atividades sociais. Fábrica de Carnaval O Olodum administra ainda a "Fábrica do Carnaval", responsável pela confecção das roupas e acessórios utilizados por seus associados e convidados especiais durante o Carnaval. A fábrica emprega diretamente 35 pessoas. Outro trabalho social desenvolvido pelo bloco contribuiu para revitalizar o Pelourinho (centro histórico), segundo informações de João Jorge Rodrigues. Shows Antes mesmo de o governo baiano iniciar as obras de restauração do centro histórico -tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio da humanidade-, o Olodum realizou diversos shows no local. "Os shows contribuíram muito para atrair turistas ao centro histórico", disse Rodrigues. Há três anos, entre agosto e janeiro, o Olodum também realiza a cada 15 dias shows na periferia de Salvador. "Não cobramos nada pelas apresentações", disse Rodrigues. Às terças-feiras, o grupo ensaia no Pelourinho. Os ensaios costumam ser assistidos por turistas e os ingressos saem por R$ 10. Em média, o Olodum cobra R$ 15 mil por cada apresentação no Brasil. "Os shows gratuitos que fazemos em Salvador são uma forma de devolver à população o apoio que recebemos desde que o Olodum foi fundado." Também uma vez por mês o Olodum se apresenta gratuitamente no centro histórico de Salvador. João Jorge Rodrigues disse que o Olodum pretende ampliar sua participação social em Salvador até o final deste ano. "Temos vários projetos e estamos estudando propostas de parcerias para executar os trabalhos." Texto Anterior: Bahia estuda lançar o celular Olodum Próximo Texto: Casal faz treino antes de assinar papéis Índice |
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