São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997 |
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Casal faz treino antes de assinar papéis
LUCIANA SCHNEIDER
Segundo uma pesquisa da Consultoria em Relações Afetivas Happy End, os descasados são os que mais preferem esse tipo de experiência. Cerca de 74% acham melhor "morar junto" antes, para depois consumar de fato o casamento. Carlos Eduardo Rocha Pinto, 25, e Karina Lamigueiro, 25, namoram há quatro anos e pretendem morar juntos até novembro, para passar por uma "experiência". Segundo Carlos, esse período vai ser muito bom para que ambos possam se entender melhor. "Dependendo do que acontecer, vamos nos casar oficialmente em um ano. Além disso, caso o relacionamento não dê certo, acho que, sem papéis, fica mais fácil se separar", diz. Os namorados, que não quiseram se identificar, A.C., 25 e M.A., 34, vão se juntar daqui a dois meses. A.C. diz que, por M.A. ser separado, ele acha que é necessário passar por um "período de adaptação". A.C. diz que ele sempre fala que não é fácil morar junto, mas ela tem consciência de que o casamento "não é um mar de rosas". "Antes de decidir morar com alguém, acho que a pessoa tem de estar preparada para conviver e compartilhar os mesmos problemas, o que não é nada fácil", diz A.C., que acredita que até julho do ano que vem já estará casada. George Guimarães, 31, mora com Flávia Cordovil, 28, há dois anos, e a previsão de se casar, segundo ele, está um pouco longe. Mas George diz que não descarta a hipótese de oficializar seu relacionamento no cartório, caso venha a ter filhos. "Acho importante que os casais morem juntos antes de casar para se conhecerem melhor. Mesmo porque, se não der certo o casamento, separar-se é uma dor de cabeça, além do desgaste que ambas as partes sofrem." Mas George diz que viver junto não é nada fácil e que "a vida de juntado" não é muito diferente da vida de casado. A gaúcha Luciana Berton, 24, está com viagem marcada para julho para viver "uma experiência" com o seu namorado israelense Avisar Israeli, 26. Para Luciana, a adaptação será em dose dupla, já que, além de se acostumar a morar com Avisar, ela terá de se acostumar também a morar em outro país. "Acho que em dois anos dá para saber o que eu quero para minha vida. Se não der certo, eu volto. Mas nem penso em não dar certo." Texto Anterior: Grupo mantém 300 crianças Próximo Texto: Testar parceiro não dá certo, diz médico Índice |
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