São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997 |
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Projeto prevê casas especiais
DA REPORTAGEM LOCAL Um debate na próxima quarta-feira, em São Paulo, vai discutir as dificuldades e vantagens de os deficientes mentais morarem separados de suas famílias. Enquanto na Europa a maioria dos excepcionais tem vida independente, no Brasil os deficientes continuam morando com os pais. Só em São Paulo, estima-se que 200 mil excepcionais poderiam estar vivendo sós ou em projetos de moradias."A dificuldade que os pais têm em permitir que seus filhos cresçam é maior quando se trata de um deficiente", afirma Heloisa Capelas Barbosa, mãe de um excepcional e presidente da Apabb, associação de funcionários do Banco do Brasil que reúne pais e amigos de deficientes. "Queremos um outro caminho", diz Heloisa. "Porque quando os pais morrem, o deficiente acaba sendo um ser estranho à sociedade." O debate é promovido pela Apabb que se prepara para abrir no próximo ano um espaço de moradia para 50 excepcionais em Atibaia. A intenção é sensibilizar os pais, pois nos cerca de dez projetos que existem no Estado faltam moradores. A Apabex, associação dos funcionários do Banespa, tem um "programa de residência" onde moram 12 excepcionais. "Temos condições de receber 50", diz Maria Perside, gerente da Apabex. O psiquiatra da USP Francisco Assumpção, um dos debatedores, acredita que morar longe dos pais, em projetos moradias ou casas comum, "é sempre um fator de crescimento". O debate "Crescer, um desafio" acontece quarta, 21, às 19h30, na avenida Paulista, 2.163, 11º andar; Apabb, tel (011) 234-1535 Texto Anterior: Deficientes mentais chegam à 3ª idade Próximo Texto: Ibirapuera vai ter monitores em postos fixos Índice |
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