São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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Guia 'apresenta' monumentos

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Ibirapuera possui um acervo de monumentos e esculturas ao ar livre. Muitas vezes, os usuários não se dão conta das pequenas raridades por que passam ao caminhar pelo parque.
Nas visitas monitoradas promovidas pelo Projeto de Monitoria nos Parques, os grupos ficam conhecendo a história e significado de algumas dessas peças.
Alguns lugares do parque ficaram conhecidos por causa de esculturas, como a "praça do porquinho", próxima ao portão seis.
Há, no local, uma peça que representa crianças tentando agarrar um porco, chamada "Pega do Porco" ou "Porco Ensebado".
Segundo o historiador Fernando Aquino, a obra, cuja data não foi identificada, é do imigrante italiano Ricardo Cipicchia, que percorria o Estado observando os costumes de seus compatriotas.
Outra escultura popular é a do "Leão", em frente à administração do parque. Trata-se de uma cópia, em mármore branco, de uma obra do escultor francês Prosper Lecourtier, morto em 1924.
Aquino destaca ainda outros trabalhos. A "Aranha", de Emanoel Araújo, está em frente ao pavilhão da Bienal, onde existe um jardim de esculturas. O trabalho, feito em aço-carbono pintado, tem sete metros de altura e foi doado ao Museu de Arte Moderna em 1986.
A "Homenagem ao Cafeeiro", que retrata uma pé de café, está perto da Bienal e foi feita por Francisco Zeri, em 1954. Dentro de seu pedestal, a estátua contém punhados de terra de todas as regiões produtoras de café de São Paulo.
Um dos símbolos da capital paulista também pertence ao Ibirapuera, apesar de estar fora das cercas do parque, na avenida Pedro Álvares Cabral.
O "Monumento às Bandeiras", de Victor Brecheret, obra iniciada em 1937 e só inaugurada, inconclusa, em 1953, ganhou apelidos da população, como "empurra-empurra", ou "deixa que eu empurro".
(MT)

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