São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997 |
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Estação é pior para energia
MAURO TAGLIAFERRI
Na geração, a estação é marcada pela queda do nível d'água nas hidrelétricas. Essas usinas, que transformam a energia da água em movimento em energia elétrica, respondem por quase toda a produção nacional. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, chove no verão, quando as represas ficam cheias. Com a estiagem do inverno, elas abaixam. Como o verão passado trouxe chuva suficiente para encher os reservatórios que abrange as três regiões do país, mesmo um inverno seco não deve comprometer o abastecimento. Segundo o diretor de geração e transmissão da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), Mauro Arce, o nível das represas do sistema está em 86% da capacidade. Caso não chova na estação, a capacidade pode cair para 30%. Na segunda fase do processo, a transmissão da energia (entre as usinas e os centros de consumo), a estiagem traz incêndios sob a rede elétrica. Por fim, na terceira etapa, a distribuição da energia aos consumidores se torna mais crítica pelo aumento da demanda. Antes mesmo de o inverno começar, as noites são mais longas, exigindo iluminação residencial, comercial e pública por mais tempo. Com o frio, há maior tendência de as pessoas se reunirem em ambientes fechados. O consumidor aumenta a temperatura da água do banho, virando a chave do chuveiro elétrico para a posição "inverno". Isso pode até dobrar o consumo do chuveiro. A indústria, por sua vez, entra em fase de alta produção, especialmente a partir de agosto, quando trabalha para atender aos pedidos para as festas de final de ano. No total, estima-se que a estação force as geradoras a produzir 10% a mais de energia. No ano passado, as usinas da Cesp geraram 10 mil megawatts-hora em janeiro e 11 mil por mês de julho a novembro. Texto Anterior: SP pode passar inverno com torneira seca Próximo Texto: Pior racionamento foi em 1994 Índice |
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