São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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Problema põe saúde em risco

DA REPORTAGEM LOCAL

Os problema gerados pela poluição sonora vão além da simples irritação com o barulho.
"Prejudica a qualidade de vida", diz Elizabeth Batista Pinto, 45, professora-doutora do departamento de psicologia clínica da Universidade de São Paulo (USP).
Os reflexos ocorrem em duas frentes: problemas físicos e psicológicos. "Antes de uma pessoa ter um dano auditivo, por exemplo, ela pode ter um estresse ou uma perturbação psicológica."
Segundo Diná Olivetti de Carvalho Hubig, 46, do departamento de fonoaudiologia da USP, a poluição sonora pode causar alteração do metabolismo, problemas circulatórios e digestivos.
"A tensão muscular causada pelo estresse pode resultar em vários problemas. Uma grávida pode chegar a abortar." Além disso, há perda de qualidade auditiva.
Uma forma de equilibrar a permanente exposição às agruras do barulho de uma cidade como São Paulo é compensar com práticas opostas, diz Elizabeth.
"Passar um final de semana na praia ou no campo, por exemplo, faz com que o indivíduo se poupe", afirma.
Criança
A fonoaudióloga Diná, diz que é necessário tomar cuidados desde a infância. Segundo ela, uma criança que estuda em um escola localizada em rua muito barulhenta vai ter que se esforçar muito mais para aprender do que se estivesse numa rua calma.
"As crianças ficam mais irritadiças, precisam se concentrar mais e aprendem menos", afirma ela.

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