São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

pânico entre as crianças

FRANCISCO B. ASSUMPÇÃO JR.

Embora o nome seja recente, o pânico é um fenômeno antigo, conhecido como "crise de angústia". Talvez a novidade seja a sua observação em crianças e a eficácia do tratamento com remédios.
A frequência em crianças é baixa, comparada com a incidência na população -cerca de 0,5%.
Ao ter uma crise de pânico, a criança subitamente tem um medo inexplicável e uma sensação de que vai morrer. Ela apresenta uma preocupação intensa, seguida por uma sensação de medo ou terror, como se uma catástrofe fosse ocorrer logo. Tudo isso associado a sintomas físicos de mal-estar: falta de ar, vertigens, palpitações, tremores, sudorese, sensações de sufocamento, náuseas, formigamentos e dor.
Acredita-se que essas crises são causadas por uma disfunção hemoquímica no cérebro, podendo ser desencadeado por fatores externos ou não. Por isso, o tratamento deve ser com medicamentos.
Porém, antes de pensar em crises de pânico, existem problemas clínicos que devem ser eliminados, como o hipertireoidismo ou problemas cardíacos e respiratórios. Uma vez feito o diagnóstico correto, a criança poderá ser tratado com um dos muitos antidepressivos, desde que monitorado. Ao mesmo tempo, seu filho pode se beneficiar com uma terapia.
O fato de a criança apresentar sintomas de medo intenso pode mostrar que ele precisa de ajuda.
Diretor do Serviço de Psiquiatria Infantil do Hospital das Clínicas

Perguntas para a seção "Pais e Filhos" devem ser enviadas por carta ou fax para Revista da Folha, al. Barão de Limeira, 425, 8.o andar, Campos Elíseos, CEP 01290-900, São Paulo. Fax (011) 224-4261.

Texto Anterior: faça sua home page
Próximo Texto: Reino Encantado
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.