São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997 |
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Corredor de trólebus é privatizado
CLAUDIA VARELLA
O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), disse que esta é a primeira concessão na área de transporte público do governo estadual. "Trata-se de um projeto verde, que utiliza mecanismos limpos, sem qualquer prejuízo ao meio ambiente", disse o governador, em uma referência ao sistema de trólebus (ônibus elétricos), que não polui. A empresa Metra Sistema de Transportes Ltda -formada pela ZPG Participações, VN Participações, Auto Viação ABC e Viação Diadema- vai operar o transporte, comercializar os bilhetes magnéticos e conservar e manter o sistema viário e a infra-estrutura nesse trecho durante 20 anos. A licitação para escolher a empresa que iria operar o sistema foi realizada no ano passado. À EMTU, caberão o gerenciamento e a fiscalização do sistema. 250 mil passageiros Com uma extensão de 33 quilômetros e nove terminais de integração, o Corredor Metropolitano São Mateus-Jababaquara corta a região do ABCD, transportando aproximadamente 250 mil passageitos por dia. O presidente da EMTU, Márcio Junqueira de Souza e Silva, disse que a arrecadação anual do corredor gira em torno de R$ 50 milhões. Um novo trecho em construção, com 13 quilômetros de extensão, que ligará Diadema ao Brooklin (zona sul de São Paulo) e também será operado pela Metra, deve começar a operar em julho do próximo ano. O presidente da Metra, José Fernando Gullo, afirmou que a empresa vai investir, em um período de cinco anos, R$ 120 milhões no sistema. Dentro desse prazo, a Metra também deverá substituir toda a frota diesel por trólebus. Ontem, 22 trólebus foram incorporados à frota, que conta com 198 veículos. Novos corredores Projeto da EMTU prevê a construção de 300 quilômetros de corredor de trólebus, com 32 terminais de ônibus, para a região metropolitana de São Paulo até o ano 2000. Os investimentos giram em torno de R$ 339 milhões. A demanda prevista é de 1,3 milhão de usuários por dia. O secretário de Transportes Metropolitanos, Cláudio Senna Frederico, afirmou ontem que a secretaria vai investir cerca de 4,5 bilhões nos próximos cinco anos em transporte coletivo (trens, ônibus e metrô) na Grande São Paulo. "Esta é a real revolução do transporte coletivo, com papel importante reservado para a iniciativa privada. Não passamos bombas para a iniciativa privada; passamos bons sistemas", afirmou o secretário. Texto Anterior: Bombeiros intensificam buscas a barco com 3; Vítima de assalto é baleada por ladrões; Acidente na Imigrantes mata um e fere dois Próximo Texto: Comissão da Câmara aprova Código Nacional de Trânsito Índice |
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