São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997
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'Cigarro passivo' dobra risco de doença cardíaca

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Mulheres que não fumam, mas são expostas regularmente à fumaça de cigarros, têm quase o dobro de chances de desenvolver problemas cardíacos, de acordo com um estudo da Universidade Harvard divulgado no último número da revista "Circulation", da Associação Americana do Coração.
Os dados foram coletados junto a 121.700 enfermeiras entre 30 e 55 anos, que forneceram informações sobre seus hábitos alimentares, estilos de vida e condição geral de saúde desde 1976.
Desse grupo, pouco mais de 32 mil não eram fumantes. No grupo das cerca de 26 mil que se expunham à fumaça de cigarros, houve 135 ataques cardíacos. No grupo das 6.100 que não se expunham, houve 17 ataques cardíacos.
Os riscos de doenças cardíacas aumentaram 91% para aquelas que se viam com regularidade na posição de fumantes passivas. Para as que se expunham ocasionalmente à fumaça de cigarros, os riscos aumentaram 58%.
As condições que poderiam contribuir para doenças cardíacas, como falta de exercícios e hipertensão, foram controladas.
"Ficamos surpresos com os resultados encontrados", disse Ichiro Kawachi, o coordenador do estudo. "A forte associação que descobrimos sugere que entre 30 mil a 60 mil mortes anuais causadas por doenças no coração podem ser atribuídas à condição de fumante passivo", afirmou.
Segundo os pesquisadores, os resultados se aplicam da mesma forma para homens e mulheres.
Antes do estudo, pensava-se que o risco de doenças cardíacas em fumantes passivos crescia 30%.

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