São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997 |
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Para ex-secretário houve precipitação
DA REPORTAGEM LOCAL Amir Khair, ex-secretário das Finanças do município de São Paulo na gestão da ex-prefeita Luíza Erundina (89/92), classificou de "precipitadas" as conclusões do relatório parcial do senador Roberto Requião (PMDB-PR), da CPI dos Precatórios."Ainda não fui formalmente informado, mas se os termos forem esses (teria havido um desvio de R$ 87 milhões na gestão Erundina), o relatório está falho. O senador deve estar fazendo uso político do trabalho da CPI", afirmou Khair. O ex-secretário explicou que Requião enviou-lhe cópia do relatório preliminar no final da semana passada. Anteontem, Khair mandou um fax, respondendo a Requião. Na resposta, Khair disse que demonstrou a Requião que o levantamento do TCM (Tribunal de Contas do Município), que serviu de base para o relatório do senador, está incompleto. Segundo Khair, o TCM não considerou o pagamento de cerca de R$ 62 milhões (em valores atuais) a título de correção monetária dos planos Cruzado e Bresser, sobre o valor dos precatórios listados para pagamento à época. Além disso, apesar de o TCM ter apontado, Requião teria desconhecido, segundo Khair, os R$ 34 milhões que haviam no caixa da prefeitura ao final da gestão Erundina. "Isso cobre tranquilamente a diferença que eles estão apontando, simplesmente porque não houve nenhum desvio", afirmou Khair. Para o ex-secretário, da mesma forma que Requião se equivocou com os números relativos ao município de São Paulo durante a gestão Erundina, pode ter errado com relação ao período de Paulo Maluf, o sucessor da prefeita. A Folha não conseguiu localizar a ex-prefeita, Luiza Erundina. Até as 19h30, Erundina não havia respondido o recado deixado pela reportagem na sua secretária eletrônica. Texto Anterior: As emissões da Prefeitura de São Paulo Próximo Texto: Governo renegocia dívida de S. Paulo Índice |
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