São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997
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Bolsa paulista segue NY e sobe 0,28%

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a seguir ontem o ritmo do mercado nova-iorquino de ações. Chegou a registrar alta de 1,4%, quando Wall Street também subia, para depois recuar e fechar com valorização de apenas 0,28%.
Nos dois casos, o recuo das cotações foi provocado pela grande quantidade de ordens de venda, com muitos investidores preferindo apurar seus lucros.
Com isso, o volume negociado ao longo do dia foi bom, no caso do mercado paulista de ações. No final do dia, o movimento financeiro total na Bovespa foi de R$ 916 milhões, ou seja, 15,8% maior que o do dia anterior.
Telebrás PN, a ação mais negociada com 55,8% do total de negócios à vista, encerrou a sessão a R$ 137,00 (por lote de mil ações), movimentando R$ 450,7 milhões, com alta de 0,8% no dia.
No caso das ações do setor de energia, o desempenho foi bem mais modesto. Segundo o IEE (Índice de Energia Elétrica), que acompanha as ações do setor, a alta foi de 0,3%.
Em Nova York, o Dow Jones encerrou a 7.258 pontos, com queda de 0,45% com relação a quarta.
O recuo também ocorreu por causa da alta dos rendimentos pagos pelos títulos de 30 anos do governo norte-americano.
Esses papéis chegaram a pagar ontem mais de 7% ao ano, contra uma taxa de 6,96% no fechamento do dia anterior.
O desempenho do mercado de Nova York reflete ainda o temor dos investidores com o aumento das exportações e das importações anunciado na quarta-feira pelo governo norte-americano.
O receio é de uma possível pressão sobre os índices de inflação, o que faria o banco central dos EUA voltar a aumentar os juros básicos.
Juros e dólar
No mercado de dólar e de juros para entrega futura, negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o dia foi de queda no volume de negócios e de pouca volatilidade dos preços.
A divulgação do índice de crescimento de 4,2% do PIB no primeiro trimestre, do BNDES, deixou dúvidas. Isso porque era esperado um número índice bem maior.
Assim a questão é saber: se a economia não está aquecida, como explicar o aumento do déficit nas contas externas?

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