São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997 |
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Em "Meu filho das Selvas", Disney conta história com estereótipos
MÔNICA RODRIGUES COSTA
Os ingredientes são a vida em equilíbrio com a natureza, numa paisagem belíssima na floresta da Venezuela, em Canaima. Atores bonitos, figurino competente. As pinturas corporais remetem aos designs dos índios do Xingu ou do norte da América do Sul. Mas a vida silvícola em nada lembra os relatos feitos por antropólogos como os irmãos Villas-Boas. O enredo mostra mãe e filho vindos da civilização, vivendo numa tribo. A senhora Cromwell (JoBeth Williams) é médica e impõe sua vida asséptica à cultura local. O filho escolheu o próprio nome, Mimi-Siku (Sam Huntington) e é ágil na caça, além de ser bom aluno de inglês -da mãe professora. Patricia abandonou o marido depois de tentar demovê-lo da obsessão de viver só para os negócios. Tim Allen faz o papel de Michael Cromwell. Foi o protagonista de "Meu Papai é Noel", lançado no Natal passado pela Disney e grande sucesso de bilheteria. Cromwell quer divorciar-se para casar com uma garota fútil e fashion, cuja vida só existe para acabar em filmes publicitários sobre a própria carreira. Michael descobre o filho com 13 anos e o leva para conhecer a outra "selva", Nova York. Então começam as trapalhadas -diferenças culturais mostradas pelo lado cômico e previsível- e a lição de moral. O conto cinematográfico prega, dessa vez, "lições sobre coisas importantes da vida", como define o material de divulgação. O pai muda de vida, reconcilia-se com a mãe de Mimi e ainda recupera ecologicamente seu parceiro de negócios, que vai à floresta com ele -com a mesma conciliação do norte-americano médio com o mundo em que vive. Filme: Meu Filho das Selvas Produção: EUA, 1996 Direção: John Pasquin Com: Tim Allen, Sam Huntington etc. Quando: Estréia hoje em São Paulo, nos cines Ipiranga 2, Estúdio Alvorada 2, Center Iguatemi 1, Paulista 3 e circuito Texto Anterior: Trilha é disco histórico Próximo Texto: Suspense previsível invade Casa Branca Índice |
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