São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997
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Esperidião Amin elogia discurso pela autoridade

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Fernando Henrique Cardoso conseguiu avançar no PPB malufista com a pregação de anteontem pelo fim da "onda premeditada de violência e anarquia".
"O presidente ganhou pontos ao atender a demanda da sociedade, que quer autoridade", disse o senador Esperidião Amin (SC), presidente nacional do PPB.
Para Amin, o presidente da República sinalizou ao empresariado que continua procurando as reformas e se aproveitou do que chamou de "imprudência" de João Pedro Stedile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O dirigente do MST incentivara a invasão de terrenos e vigílias em supermercados. "A imprudência do Stedile permitiu a manifestação de autoridade de Fernando Henrique", acha Amin.
O dirigente pepebista acrescentou que a fala dura de FHC ganha mais crédito pela biografia do presidente da República. "Ele (FHC) não tem tradição de dar murro na mesa", afirmou.
Amin é, dentro do PPB, um dos líderes da ala que tenta a aproximação com o Palácio do Planalto. Tem servido, às vezes, de intermediário entre o governo tucano e o ex-prefeito Paulo Maluf, que comandou no partido o setor que combateu a aprovação da emenda da reeleição.
O senador catarinense elogiou, também, a anunciada disposição de FHC para punir membros do governo que eventualmente tiverem responsabilidade no escândalo do mercado de votos.
"Gostei muito quando ele disse que quer a apuração", afirmou Amin. "Mas o compromisso será cobrado", ressalvou.
Maluf, que continua em viagem ao exterior, espera o desdobramento do caso antes de retornar ao país. O ex-prefeito já adiou duas vezes o retorno a São Paulo.

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