São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997
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Consultor critica desperdício

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

O consultor em engenharia ambiental Ben Hur Batalha diz que a tentativa de evitar o desperdício deveria começar pela própria Sabesp, empresa do Estado responsável pelo saneamento básico.
"A Sabesp perde hoje, em vazamentos, cerca de 22% da água que produz. Sem falar nos erros de medição e fraudes, que elevam o valor para 44%", diz o consultor.
Batalha diz que não é contrário à sobretaxa. "Tudo o que for feito para economizar água é salutar. Mas o governo deveria começar dando o exemplo. É fácil fazer com que o povo pague pela incompetência governamental", diz.
O consultor diz concordar, principalmente, com a cobrança das propriedades rurais e das empresas que retiram água diretamente dos rios e poços. Como não dependem da Sabesp, não precisam pagar nenhum imposto.
Samuel Roiphe Barreto, coordenador do Núcleo Pró-Tietê -entidade que integra o movimento ecológico SOS Mata Atlântica-, diz que é favorável, em tese, à cobrança do uso da água.
Segundo ele, a entidade conhece o projeto, mas ainda está discutindo e, por isso, não tem uma posição fechada.
Barreto afirma também que a questão do desperdício público tem de ser levada em conta na discussão.
"Considerando-se isso, fica difícil punir o consumidor, que ainda é obrigado a conviver com o rodízio do abastecimento", afirma.
(RG)

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