São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997
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Negociações ficam difíceis com retração do consumidor

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

As negociações entre a indústria de eletrodomésticos e o varejo estão mais difíceis, o que é considerado normal para a época.
"O consumo caiu e estamos negociando caso a caso a venda", diz Antonio Carlos Romanoski, diretor-presidente da Electrolux.
Ele diz que a estratégia da empresa é manter o ritmo de produção porque considera que a redução das vendas é sazonal para esta época do ano.
A produção da indústria de eletrodomésticos, conta ele, aumentou 25% em 1996 sobre 1995 e, para este ano, ainda é esperado crescimento de mais 12%.
"Não há razão para pessimismo. Não há superoferta nem falta de produtos na linha branca."
Para ele, só o comentário de que o governo vai adotar medidas para inibir a venda a prazo já funciona como um freio no consumo.
"As pessoas reagem aos boatos". A Electrolux, diz Romanoski, faturou US$ 1 bilhão no ano passado. O lucro somou US$ 52 milhões. Para o setor, ele prevê crescimento de 9% a 10% neste ano.
Os fabricantes de eletroportáteis informam que a queda no consumo ainda não chegou ao setor. "Talvez porque os produtos tenham valor unitário mais baixo", diz Giovanni Cardoso, superintendente comercial da Mallory.
Ele conta que nos primeiros quatro meses deste ano as vendas físicas da empresa aumentaram 44% na comparação com igual período do ano passado.
Cardoso diz que as vendas caíram após o Dia das Mães, mas a empresa conta agora com os produtos mais procurados nesta época, como secadoras de roupas e aquecedores. "Não temos planos de reduzir a produção."
(FF)

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