São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997 |
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União não sabe quanto investe
PATRICIA DECIA
Mas o Ministério da Cultura acaba de encomendar um levantamento para tentar chegar a um resultado aproximado. "Será o primeiro levantamento desse tipo no país", afirmou o secretário de Apoio à Cultura do MinC, José Álvaro Moisés. Ele rebateu a afirmação feita pelo teatrólogo Alcyone Araújo de que o governo investe apenas o equivalente R$ 0,77 por habitante no setor ao ano. O valor foi calculado com base na renúncia fiscal em prol das leis federais de incentivo. Segundo Moisés, se forem levados em conta os investimentos globais (diretos e por incentivo) da União, dos Estados e dos Municípios, chega-se a triplicar esse total. Nessa conta, Moisés inclui as leis de incentivo estaduais e municipais e os investimentos das estatais em marketing cultural. "As empresas públicas, como a Caixa Econômica Federal e a Telebrás, são obrigadas a investir parte dos recursos destinados ao marketing no apoio de projetos culturais. Em 96, suspeito que o total desses recursos ultrapassou R$ 150 milhões". Como prioridade de investimento direto, segundo Moisés, está o setor de patrimônio histórico, que receberá recursos da ordem de R$ 270 milhões (R$ 200 milhões vêm de um convênio com o Banco Mundial) entre 95 e 98. O secretário ressalta que, mesmo que o valor pule de R$ 0,77 para R$ 2,27 por habitante, ele não é suficiente. "Nós dobramos o orçamento, triplicamos a renúncia, mas, mesmo assim, achamos os recursos insuficientes. É preciso lembrar que isso é o Brasil, não os EUA ou a França", afirmou. (PD) Texto Anterior: Mudança na Lei Rouanet divide opiniões Próximo Texto: Críticas à alteração vêm de vários setores Índice |
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