São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997
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Ferido reforça tese de vingança

RUI NOGUEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em entrevista ao programa de rádio "Alô, Angola", transmitido ontem às 4h, o cabo do Exército Samuel Correia Sobrinho, ferido na mesma emboscada que matou Aladarque, reforçou a tese de que o ataque aos militares que faziam a escolta de um caminhão da ONU pode ter sido um ato de vingança de bandoleiros.
Sobrinho revelou que "momentos antes tinha passado (na mesma área) um (outro comboio) com 30 caminhões, e não houve qualquer problema".
O ataque aconteceu quando apareceu o primeiro caminhão do segundo comboio, exatamente o que era dirigido por Sobrinho e tinha o fuzileiro Aladarque como segurança. Os caminhões trafegavam lentamente porque passavam por um trecho de subida.
O programa "Alô, Angola" é produzido pelo Emfa (Estado-Maior das Forças Armadas) e pela Rádio Nacional, emissora estatal, para os soldados brasileiros da missão de paz da ONU. O programa vai ao ar entre 4h e 5h (8h e 9h em Angola).
O capitão-tenente da Marinha Fábio Carrancho contou anteontem, no Rio, que, um dia antes da emboscada, Aladarque integrava uma patrulha que repeliu outro ataque de bandoleiros e evitou saque a um caminhão civil.
Segundo Carrancho, houve tiroteio, e os assaltantes fugiram -com exceção de um que acabou preso. Angolanos teriam tentado matar o assaltante, e Aladarque teria evitado a morte.
(RN)

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