São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997
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DEPOIMENTO

"Depois de 16 anos casada com um preguiçoso, caí nas mãos de um milionário falido.
No primeiro encontro, ele me levou para jantar no Terraço Itália, porque tinha amigos que o encobriam lá (eu não sabia), e eu fiquei super bem impressionada.
A princípio, ele passava horas ao telefone comigo, como um adolescente apaixonado.
Para impedir que eu descobrisse alguma coisa, ele "viajava" e fazia falsos interurbanos do mundo todo. Eu me sentia importantíssima.
Ao mesmo tempo, as pessoas ligavam dizendo que ele tinha o nome sujo na praça, e eu comecei a investigar: descobri que ele não tinha nem talão de cheques. Talvez por isso sumia no Natal e aniversários.
Outra família ele não tinha, porque senão aquelas pessoas me diriam. Cheguei a desconfiar que fosse gay, porque precisava de estímulos estranhos para atingir a ereção. Mas aí, conversando com amigas experientes, elas me disseram que muitos homens pedem a mesma coisa.
Ele dizia que tinha mudado, e que eu era a mulher da vida dele. Eu acreditava, mas nunca parei de descobrir coisas até terminar o namoro."

Márcia Cavalcanti, 40, é pedagoga.

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