São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997
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Saída para a falta de tempo é pagar mais caro em loja 24 h

DA REPORTAGEM LOCAL

A vida agitada de alguns profissionais é um fator que dificulta a prática de pesquisar preços. Nesses casos, normalmente, apela-se para uma ágil compra noturna.
Miriam Elias Carvalho de Rosa, 33, e seu marido, Fábio Bibancos de Rosa, 34, ambos dentistas, não conseguem reservar um horário durante o dia para fazer as compras para a casa deles.
"No horário de almoço, costumamos atender clientes. Acabamos almoçando em intervalos", diz Miriam.
Eles moram na Vila Mariana (zona sul), trabalham das 9h às 21h, e há quatro anos só fazem as compras à noite, em lojas de conveniência próximas de casa ou em supermercados 24 horas.
"Vou ao mercado para compras grandes. Mas para abastecer a dispensa no dia-a-dia, as lojas de conveniência quebram um galhão."
Miriam afirma que compra desde bebidas e aperitivos até massas e molhos em lojas de conveniência. Produtos de higiene para o casal e para seu bebê de quatro meses também são adquiridos à noite, em drogarias 24 horas.
E a comodidade não pára por aí: o casal costuma fazer feira por telefone. "Temos um feirante de confiança a quem fazemos o pedido. Ele traz a mercadoria em casa."
"Com essa rotina maluca, perdi a noção de preços. Fazer pesquisa é um hábito completamente fora de minhas possibilidades", lamenta.
Ela reconhece que esse costume eleva muito o orçamento familiar. "Se tivesse mais tempo, acredito que gastaria pelo menos 30% a menos. Mas não tenho escolha."

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