São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997
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Qualidade não combina com economia, prega consumidora

PAULO SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A variação de preços de produtos em diferentes bairros de São Paulo não chega a influenciar os hábitos de consumo de algumas pessoas.
Para a promoter Renata Ferraz Coelho, 43, qualidade não combina com economia.
Ela mora com o marido nos Jardins, onde realiza a maioria de suas compras, mesmo sabendo que acaba gastando mais.
"Não sei quanto gasto com as compras do dia-a-dia. Trabalho muito e, nos poucos momentos em que estou em casa, quero ter do bom e do melhor."
Renata não costuma fazer pesquisa de preço. Ela entrega uma lista com os produtos e as marcas de costume a uma funcionária, que faz as compras.
"Ela vai sempre a um famoso supermercado do bairro, onde encontra tudo o que eu gosto. Se vem para casa com uma marca desconhecida, torço o nariz."
Para ela, marca é sinônimo de qualidade. "Não existe produto bom, bonito e barato. Vou direto ao mais caro, porque sei que não vou me decepcionar", afirma.
Na feira livre, a mesma coisa. Ela conta que costuma ir sempre à mesma barraca: a mais cara.
"Sei que vou aproveitar tudo o que comprar. Se adquiro produtos de um feirante que vende muito mais barato, tenho a impressão de que metade vai para o lixo."
O surgimento de novas lojas que atraem grande público não desperta seu interesse. "A não ser que seja uma loja famosa, ignoro."
(PL)

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