São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997 |
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Excluídos de Lattari mantêm motivação
JOSÉ ALAN DIAS
Não seriam diferentes de seus pares não fosse o fato de que não conseguiram participar de nenhuma partida ou sequer estiveram relacionados pelo técnico. E talvez só consigam uma chance quando a seleção vier disputar as partidas de volta, no Brasil, a partir do próximo dia 6. Luiz Monzillo Filho, 22, o Itápolis -o apelido vem da cidade 360 km a noroeste de São Paulo, onde nasceu- e Douglas, 26, medalha de ouro em Barcelona-92, se apresentaram à seleção há 70 dias. Braz, 20, por ter disputado a final da Superliga pelo Banespa, está treinando há 35 dias. Eles fazem parte do grupo de 15 atletas à disposição do técnico Radamés Lattari. No momento da escalação para as partidas, além do critério tático ou técnico, esbarraram no regulamento da Liga Mundial. A Federação Internacional de Vôlei exige que em cada partida do torneio estejam presentes pelo menos nove jogadores que disputaram a última competição internacional por ela promovida -neste caso, os Jogos Olímpicos de 96. O levantador Leandro se contundiu, e a entidade reduziu o número de atletas olímpicos para oito. Como só 12 podem participar de cada jogo, sobram 4 posições. Os levantadores Marcelo, 22, e Ricardinho, 23, abocanharam duas. Kid, 26, ou Giba, 21, ocupam outra -a de líbero, e o meio-de-rede Gustavo, 21, ganhou a quarta vaga. "Eu sei que minhas chances são remotas. Mas não trocaria a seleção por nada. Só o fato de eu estar aqui treinando com as feras já vale tudo", diz Itápolis. "Não tem isso de ficar desmotivado. Tem que tentar render o máximo para aproveitar uma chance quando ela surgir", afirma Braz. Vantagens Na última semana, quando o Brasil fez sua estréia diante da Bulgária (duas vitórias), eles permaneceram no Rio treinando. Só que tiveram a companhia de Giba, um dos líberos, que nas partidas contra a Argentina (ontem e hoje), substitui Kid, machucado. Sob a supervisão do preparador físico Júlio Noronha e de um dos assistentes técnicos, os quatro aprimoraram o bloqueio e saque. Para manter o ritmo de jogo, disputavam partidas de duplas. "É melhor treinar num grupo reduzido. Você consegue tornar o treino mais proveitoso porque recebe maior atenção.", afirma Douglas, que recebeu a promessa de participar dos partidas contra o Japão, no próximo fim-de-semana. Torcida Ausentes dos jogos, os três acompanham a performance do Brasil pela TV, na casa de um dos membros da comissão técnica. Texto Anterior: Conquista merecida Próximo Texto: Ator narra tira-teima de Super-Homens Índice |
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