São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997
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Alugar em Nova York é boa opção

OSCAR RÖCKER NETTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os milhares de turistas brasileiros que vão para Nova York (EUA) todos os anos têm uma alternativa mais barata e menos formal que os hotéis: alugar um imóvel para a hospedagem.
Nos Estados Unidos é possível alugar por períodos de tempo variáveis, que vão de 15 dias a um ano. Aqui, a legislação brasileira estabelece um prazo mínimo de 30 meses para locação residencial.
Essa flexibilidade de prazo se encaixa no perfil de turistas ou mesmo de pessoas que precisam passar pouco tempo na cidade.
A diária de um hotel em Manhattan (principal região de Nova York) não sai por menos de US$ 100, tendo como base um apartamento duplo em hotel classe turística -o equivalente no Brasil a um três estrelas.
A conta é simples: em um mês, o viajante gastaria só com as diárias de hotel US$ 3.000.
Próximo ao Central Park (o maior parque da cidade), um apartamento de um quarto pode ser alugado por um mês por US$ 2.475, com taxas e comissão do corretor incluídas. O imóvel acomoda até quatro pessoas, desde que duas se instalem na sala.
Proporcional
A diferença de preço entre um hotel e a locação de um apartamento também sobe à medida que aumenta o padrão da moradia. O aluguel de um apartamento de dois quartos de alto padrão pode custar até US$ 7.500.
Num hotel similar, o período custaria US$ 9.000 (considerando-se diária de US$ 300).
O apartamento comporta, no entanto, até seis pessoas. O quarto de hotel, duas.
A comodidade é outra vantagem para quem não quer ver um recepcionista toda vez que entra ou sai de "casa". Além disso, os apartamentos alugados para curta temporada costumam ser mobiliados.
Mas vale um lembrete: quanto menor o prazo de permanência, mais caro é o aluguel.
A corretora Tutu Cardoso de Almeida, 38, radicada em Nova York, diz que alugou um imóvel para um casal brasileiro por US$ 4.000 por um mês. "Se fosse por um ano, sairia US$ 2.500 por mês."
Para o administrador imobiliário Robson Lemes, brasileiro que trabalha na empresa Corcoran, em Nova York, alugar um imóvel para curta temporada por menos de US$ 1.500 "é quase impossível".
O problema, diz ele, é que há muita procura para pouca oferta. "Há pelo menos 20 concorrentes para cada imóvel." É preciso, portanto, pesquisar.
"Se a pessoa tiver muita pressa, consegue apenas o que tiver à disposição, e mais caro."
A oferta dos imóveis é "democratizada". As imobiliárias têm acesso a um banco de dados com todos os imóveis disponíveis. Segundo Lemos, havia, na terça-feira passada, 10 mil unidades para alugar. "A oferta varia diariamente."
Outra opção são os flats. Segundo Julio Buschinelli, 50, diretor da Rent-a-tour, os preços são de 10% a 30% mais baixos que os praticados pelos hotéis do mesmo padrão (veja quadro ao lado).
Buschinelli aluga, em média, 30 flats por mês para brasileiros e diz que a procura por esse tipo de imóvel vem crescendo nos últimos três anos. "As pessoas que desejam ter maior privacidade acabam optando pelo flat."

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