São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997
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Serviço para brasileiros ainda é 'amador'

DA REPORTAGEM LOCAL

Os serviços prestados a brasileiros que querem alugar um imóvel em Nova York ainda dependem muito da "amizade", ou seja, de conhecer alguém que indique ou preste serviços de corretagem.
Mas esse mercado começa a dar sinais de profissionalização (veja texto abaixo), com uma presença mais forte de empresas prestadoras de serviço.
Há, hoje, em Nova York um grupo de corretores brasileiros espalhados por empresas da cidade capazes de oferecer atendimento especial para os brasileiros -como, por exemplo, falar português e conhecer mais ou menos que tipo de imóvel o interessado gosta.
Eles se encarregam de encontrar um imóvel adequado ao desejo do freguês e dar encaminhamento à papelada necessária para o fechamento do negócio.
"Dependendo do caso, mando até uma limusine buscar a pessoa no aeroporto", diz Robson Lemos, administrador imobiliário da empresa Corcoran.
As taxas cobradas pelo trabalho são altas e representam uma boa fatia do valor do aluguel.
No caso de uma locação de um ano, por exemplo, a comissão para as empresas imobiliárias é de 15% do valor total das mensalidades. Para aluguéis com até dois meses de duração, costuma ser metade do valor de uma mensalidade. De dois a seis meses, a comissão salta para uma mensalidade integral.
"É preciso fazer uma espécie de educação do comprador. Tem gente que pensa em comprar um apartamento de luxo, com localização privilegiada, por US$ 150 mil. Isso não existe", diz a corretora Tutu Cardoso de Almeida, 38.
Ela conta que aluga, em média, dois imóveis por mês na cidade para brasileiros. "Para períodos curtos, geralmente alugo apartamentos de brasileiros conhecidos para outros brasileiros amigos."

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