São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

Ninho
Quem é mãe, conhece o caminho das pedras: conciliar filhos, trabalho e vida pessoal é sempre zona do agrião, perigosa e cheia de conflitos. Tentando reverter esse quadro na cabeça das mulheres já com um pé no século 21, a terapeuta -expert em petits- Denise Monteiro (foto) -elazinha uma mãe em franca expansão- aposta que educar pode ter muito mais prazer -e bem menos culpa. No livro, que já começa a ganhar forma e conteúdo, ela vai ensinar, por exemplo, às mães de primeira viagem a lidarem com seu novo papel, mostrando que maternidade não é o fim da vida profissional. E que a separação do baby -bem-administrada, biên sur- pode trazer benefícios. No final, todos sobrevivem. E muito bem.
*
O que não se empurra com a barriga?
Carrinho de bebê.
Quem não chora, não mama?
Tem gente que está sempre mamando e continua chorando -e há aqueles que estão sempre chorando, apesar de continuarem mamando.
Quem merece uma chupeta de ouro?
Antônio Ermírio de Moraes -que não levou a Vale.
O bê-á-ba do prazer é...
Um papai-mamãe.
Onde sempre cabe mais um?
No útero.
Quem está precisando reforçar a mamadeira?
A Justiça brasileira.
Culpa tem remédio?
Só subornando o superego.
Mulher é bicho esquisito?
Pois é, quando não sangra, engorda.
Quem precisa encarar um divã?
Quem diz que não precisa.
Stress de mãe tem cura?
Com uma carinhosa terapia do papai.
Cordão umbilical quebra?
Sim, quando mãe e filho disputam cabo-de-guerra.
Quais as zonas de conflito?
As erógenas.
O que sempre sobrevive?
Uma mãe analisada.

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