São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997 |
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Paulinho Moska lança "Contrasenso"
BRUNA MONTEIRO DE BARROS
O disco traz 12 composições do próprio Moska -com algumas parcerias-, que misturam pop, baião, reggae e outros gêneros. "Gosto de todo tipo de música e, como todos da geração 90, não tenho preconceitos, coloco tudo no mesmo caldeirão", diz. Paulinho tenta, inutilmente, se livrar dos rótulos. Deixou o Inimigos do Rei porque não gostava da obrigação de ser engraçadinho. Com "Vontade" (1993), seu primeiro disco solo, tentou mostrar que não era só piada, que fazia música. E conseguiu o rótulo de roqueiro. Foi então estudar arte e se aprofundou na filosofia, lançando, em 1995, "Pensar É Fazer Música". "Em 'Pensar...' precisava mostrar tudo que aprendi com veemência", conta. "Acho que o 'Contrasenso' é mais generoso para o leigo, mais leve." Na última quinta-feira, Moska estreou a turnê no Canecão, Rio de Janeiro, com show elaborado em dez dias. A apresentação foi preparada em cima da hora, já que Moska procurou o Canecão apenas para show único e a casa ofereceu o fim-de-semana. A proposta só foi aceita porque Monique Gardemberg disse que se responsabilizaria pela produção de iluminação, cenário, repertório, etc.. Apesar de inseguro e tenso com a situação, Moska encontrou um Canecão quase lotado, um público fiel, e recebeu Frejat e Zélia Duncan como convidados. Moska é formado em teatro e trabalhou em cinema, participando, entre outros, do filme "Quarup", de Ruy Guerra. As músicas do novo disco, como "A Seta e o Alvo" -com clipe na MTV- e "Tudo que a Gente Quis", foram bem recebidas. Constam do disco também "Admito que Perdi", gravada por Marina Lima, e "Relampiano", interpretada por Elba Ramalho em seu último trabalho. Disco: Contrasenso Artista: Paulinho Moska Lançamento: EMI Quanto: R$ 18, em média Show: Paulinho Moska e Renato Braz (gravação do "Bem Brasil", da TV Cultura) Quando: hoje, às 11h Onde: Sesc Interlagos (av. Manoel Alves Soares, 1.100, Interlagos, tel. 520-9911). Quanto: de R$ 0,50 a R$ 5 A jornalista Bruna Monteiro de Barros viajou a convite da gravadora EMI-Odeon Texto Anterior: Olodum bate tambor contra AIDS Próximo Texto: CD é de pop desconjuntado Índice |
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