São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997
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O que dizem os rótulos?

PAULO FERRETTI

Informações, como nome e produtor, ajudam na escolha certa do vinho
Servir um vinho importado com um lindo rótulo de letras douradas dizendo "Blanc des Blancs" e, abaixo, "vin de pays", pode até impressionar, mas nem sempre significa uma boa escolha.
Os rótulos das bebidas passam informações que possibilitam uma escolha "um tanto" acertada, mas não garantem a excelência todas as vezes.
O nome do vinho é o ponto que causa mais dúvidas. Certos produtos de qualidade inferior usam nomes semelhantes aos mais famosos e são responsáveis por várias decepções.
O vinho leva normalmente o nome da região produtora ou do tipo de uva utilizada em maior quantidade na sua composição. Nomes genéricos, de grandes regiões, como Bordeaux, são muito utilizados, mas nem sempre traduzem qualidade. Os melhores vinhos normalmente utilizam o nome da cidade ou da propriedade onde foram produzidos como o Chateau Pichon Longueville Comtesse de Lalande.
O produtor do vinho é outro ponto a ser considerado. Vinhos não tão famosos, mas de produtor de prestígio, valem ser descobertos.
Os países europeus de grande tradição vinícola como a Itália, França, Espanha, Portugal e Alemanha possuem classificações oficiais de vinhos. Basicamente dividem-se em vinhos de mesa, sem muitos controles, e de qualidade que respondem a várias normas de produção. As garrafas trazem nos seus rótulos essas classificações, como "appellation d'origine contrôlée" (França) ou "denominación de origen calificada" (Espanha).
Um outro detalhe que pode ajudar na escolha de um melhor produto é a inscrição de produção e engarrafamento dentro da mesma propriedade. Normalmente encontrada em francês (mise-en-bouteille au château) ou em inglês (estate-bottled) demonstra uma atenção do produtor no processo inteiro de confecção do vinho.

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