São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997
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Saúde entra no esquema de franquias

VIVIANE ZANDONADI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O franchising já chegou às empresas de assistência médica e odontológica especializadas em planos de saúde. Por lei, só médicos e odontologistas formados -e com registro- podem ser donos de uma empresa nessa área.
O gasto pode ser tão alto quanto o de um fast food: R$ 350 mil, dependendo do porte e do local.
O plano de saúde é o principal produto vendido aos clientes pela franquia de assistência médica.
Além de vender o plano, a franquia é responsável por toda a administração dos custos com a rede médica conveniada -clínicas, hospitais, laboratórios, farmácias.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising, essas empresas estão no terceiro segmento que mais cresce, junto com saúde e beleza, perdendo apenas para alimentação e vestuário.
"O setor está crescendo em função da precariedade dos serviços públicos e dos altos custos dos particulares", afirma Alain Guetta, 41, da Guetta Franchising.
A Amil, que trabalha há 19 anos com assistência médica e odontológica, abriu a primeira franquia em 1993. Hoje, são sete unidades franqueadas trabalhando com vendas de planos, atendimento ao cliente e telemarketing 24 horas.
A empresa dá assessoria na escolha do ponto, administração e treinamento contínuo, diz Gilberto Duarte, responsável por franquias.
A escolha do ponto também é importante para a Interclínicas. "Depois, cada unidade recebe a infra-estrutura adequada à sua região. Até os planos são diferentes", diz Waldemar Ferreira Neto, 60, gerente-geral comercial. Para testar o sistema, a rede converteu algumas unidades próprias em franquias. Hoje, tem 16 unidades.
A paulistana Samp Assistência Médica pretende, com o franchising, ampliar sua atuação no Nordeste, Centro-Oeste, além no interior do Estado de São Paulo.
"Essas áreas registram uma migração crescente e um bom desenvolvimento econômico", afirma Carlos Alberto de Almeida, responsável pelo franchising.
Para ele, o negócio pode ser lucrativo se os custos com os serviços prestados forem bem administrados. "Eles correspondem a 75% do faturamento. Se descontarmos ainda os gastos com pessoal, manutenção, investimentos e impostos, o lucro líquido pode chegar a 8% do faturamento."
Também tem escolha quem quer montar uma franquia de assistência odontológica.
Segundo Hélcio Vaistman, responsável pelo franchising da Sharing, "é possível montar uma franquia da marca em 60 dias". A sede, instalada em São Paulo, funciona como interligação entre as nove franquias da rede.

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