São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997 |
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Peugeot quer dobrar rede de revendas em dois anos Número de concessionárias da marca deve chegar a 150 em 99 ARTHUR PEREIRA FILHO
A meta da montadora é passar dos atuais 80 pontos-de-venda -já é a maior rede entre os importadores sem fábrica no país- para 150 revendas até o final do primeiro semestre de 99. Isso representa 70 novas concessionárias, uma média de quase três novas lojas por mês. A expansão da rede de revendedores faz parte da estratégia da marca para ampliar sua presença no Brasil. "Queremos conquistar, no médio e longo prazo, 5% do mercado brasileiro", diz Cees Hermanns, 53, novo diretor-superintendente da Peugeot do Brasil. Ou seja, a marca francesa quer ter no Brasil a mesma fatia de mercado que detém atualmente na Europa. "Esse é um objetivo para os próximos cinco ou dez anos", completa Hermanns, que assumiu o cargo no início de abril. Em 97, a Peugeot pretende vender 12.700 carros no Brasil, 53% mais que em 96, mas um volume ainda muito distante dos 80 mil que seriam necessários para chegar a 5% do mercado. Hermanns calcula que a montadora e os novos concessionários vão investir, em conjunto, cerca de US$ 150 milhões na abertura das 70 novas lojas. O investimento se justifica. Afinal de contas, a Peugeot deve tornar oficial até o final de junho a decisão de construir uma fábrica de automóveis no Brasil. A unidade deve entrar em operação no segundo semestre de 99. Hermanns diz que algumas das atuais concessionárias serão descredenciadas, porque não se encaixam no "perfil profissional" exigido pela montadora. "Para aumentar a qualidade de atendimento, algumas revendas vão desaparecer", diz. O primeiro desafio, segundo Hermanns, é reduzir o preço cobrado por peças e mão-de-obra. Na próximas semanas, a Peugeot deve divulgar tabela com o valor de peças e serviços de oficina que será válida para todo o país. "O consumidor vai saber no momento da compra do carro quanto vai gastar com a manutenção no futuro." A Peugeot também quer disputar o mercado de carros usados. Pretende abrir lojas especializadas na venda de usados de todas as marcas. Os veículos terão garantia semelhante à dos zero quilômetro. Texto Anterior: Os centros de produção Próximo Texto: Rio e Minas Gerais disputam fábrica de montadora Índice |
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