São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
ACM, Caetano Veloso e Gilberto Gil são clientes
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR Com 36 anos de profissão, Lindinalva de Assis, a Dinha, começou a vender acarajés sozinha aos 10 anos de idade.Antes, a comerciante trabalhava como auxiliar de uma tia no mesmo ponto onde hoje está o seu tabuleiro, no Rio Vermelho, em Salvador. "Esse ponto tem 60 anos e é o mais tradicional da Bahia", afirma ela. Entre as personalidades que vão até o Rio Vermelho para saborear o acarajé da Dinha estão o senador pelo PFL e presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães, o atual prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PFL), e os cantores e compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil. Dinha contou que aprendeu o ofício com a avó Ubaldina de Assis e já transmitiu seus ensinamentos a suas filhas e a alguns de seus parentes. A filha mais velha da comerciante é um exemplo. Mesmo formada em Ciências Contábeis, Eliana Cláudia de Assis, 27, passa suas tardes vendendo acarajés no tabuleiro do Rio Vermelho. "Atualmente, eu trabalho mais em festas e eventos", disse Dinha. Segundo ela, sua filha trabalha no tabuleiro há cerca de quatro anos e está bem preparada para conduzir os negócios. No tacho Outras quatro funcionárias ficam à disposição da comerciante para cobrar, preparar e entregar os produtos. "Eliana só cuida do tacho, mexendo a massa e fritando os acarajés", afirma. Eliana disse que não sente nenhum constrangimento por trabalhar em um tabuleiro de acarajés. "Como contadora, jamais teria a mesma renda", disse. Além de oferecer um salário de R$ 2.000 a sua filha, Dinha mantém outros dois filhos em escolas particulares. "Todos têm carro e um excelente padrão de vida", disse Dinha à Folha. Texto Anterior: Baiana expande marca e quer nacionalizar acarajé Próximo Texto: Dinha busca profissionalização Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |