São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997
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Baiana expande marca e quer nacionalizar acarajé

CHRISTIANNE GONZÁLEZ
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A vendedora de acarajé mais famosa da Bahia, Lindinalva de Assis, a Dinha, está negociando a franquia de sua marca para empresários de Brasília e São Paulo.
Com faturamento bruto de R$ 65 mil por mês, a comerciante garante que a venda de acarajés em tabuleiros é vantajosa.
Com lucro médio de R$ 13 mil mensais, Dinha disse que já franqueou sua marca -Dinha do Acarajé- gratuitamente para dois parentes que vivem em Salvador. "Minha família é humilde e precisa de ajuda", disse.
Além de permitir o uso da marca no tabuleiro, a comerciante ensina a fazer acarajé, abará, cocada e bolinho de estudante -salgados e doces típicos baianos.
"Nos tabuleiros franqueados em Salvador também costumo aparecer de vez em quando para atender aos clientes."
No próximo domingo, a comerciante vai comparecer à inauguração de seu terceiro tabuleiro franqueado gratuitamente em Salvador. "Em troca, combinei que, no dia em que eu aparecer no tabuleiro, a renda é minha", disse.
Dinha e seus franqueados vendem cada acarajé e abará por R$ 1,50.
Em seu tabuleiro, instalado na praça do Rio Vermelho, Dinha comercializa cerca de mil acarajés e 500 abarás por dia, nos períodos de alta estação. "Em baixa, o faturamento cai para cerca de R$ 45 mil e o lucro, para uns R$ 9 mil."
Devido às enormes filas que se formam em seu tabuleiro todas as tardes, a comerciante está reformando um imóvel no Rio Vermelho para abrir a "Casa do Acarajé". A idéia é atender no local os clientes que não gostam de pegar fila e comer em pé.
O novo negócio já custou R$ 170 mil à comerciante, entre obras, móveis e objetos de decoração. "Para fazer os quitutes, preciso apenas de um tacho, ingredientes e ajudantes para o atendimento". A inauguração está prevista para o próximo dia 7 de setembro.
A Casa do Acarajé tem três andares e 400 metros quadrados de área. Além dos produtos vendidos no tabuleiro, Dinha pretende comercializar bebidas e outros pratos típicos da culinária baiana, como os caldos de sururu e camarão.

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