São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997
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Para atletas, Morumbi é o melhor campo

DA REPORTAGEM LOCAL

O gramado do estádio do Morumbi foi eleito pelos jogadores do Paulista como o melhor da competição, com o da Vila Belmiro em segundo lugar.
A Folha recolheu a opinião de 285 jogadores dos 16 times que disputaram o torneio estadual.
O estádio são-paulino recebeu 45,3% dos votos, enquanto o estádio santista levou 25,2% das preferências.
No terceiro lugar ficou o estádio Wilson Fernandes de Barros, do Mogi Mirim, com 13% dos votos. No ano passado, o gramado de Mogi foi o vencedor (39,5%).
O estádio do América, o Benedito Teixeira, também foi ultrapassado, caindo do segundo posto (conseguiu 31% dos votos em 1996) para o quarto (neste ano, levou apenas 5,2% dos votos).
Tanto o Morumbi como a Vila Belmiro passaram recentemente por reformas, que fecharam suas portas por meses, e ainda agora estão sendo restaurados.
Reforma santista
O Santos, por exemplo, investiu US$ 1 milhão no gramado, dentro do plano de modernização das instalações do clube, que inclui ampliação de uma arquibancada, reforma no ônibus da equipe (Baleia) e a construção de um centro de treinamento.
No campo se instalou um sistema chamado de "gramado inteligente". Quando o campo está encharcado, ele é drenado utilizando bombas de sucção. Quando o gramado está seco, recebe, com um aparelho, borrifos de água.
Depois de nove meses fechada (a última partida havia sido entre Santos e Real Madrid, em junho de 1996), a Vila Belmiro reabriu no final de fevereiro para receber Santos e Inter-RS, pela Copa do Brasil.
Alguns até perceberam uma modificação na equipe como resultado do novo gramado.
"Depois da reforma, o Santos, que é um time de toques rápidos, pôde mostrar para sua torcida seu futebol", disse o treinador são-paulino Dario Pereyra.
Gramado retalhado
Já o Morumbi recebeu reformas na sua estrutura, que custaram mais de R$ 10 milhões. O gramado não foi tocado -isso porque já estava em boas condições.
A finalização do projeto "Morumbi Século 21" só deve acontecer em 2003, gastando entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões.
Por outro lado, o campo do Pacaembu ficou em sétimo (no ano passado foi o quinto), com a própria administração classificando-o de "retalhado".
Sua grama está infestada de insetos, e a terra é muito compactada, o que dificulta a fixação das raízes.
Além disso, o capim tem de conviver com a praga da tiririca, erva daninha que invade velozmente terrenos cultivados.

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