São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997 |
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País cresce com o apetite dos tigres
JAIME SPITZCOVSKY
No plano social, o governo se esforça para evitar tensões entre as diferentes etnias e religiões que formam o mosaico malasiano. A atual maré capitalista da Ásia também engolfou a Malásia. O país deixou de depender da exportação de matérias-primas e mergulhou na industrialização com a ajuda do capital estrangeiro. Entre 1991 e 1995, a economia malasiana cresceu com uma média anual de 8,7%. As previsões otimistas do governo indicam uma taxa anual de crescimento de 8% até o ano 2000, o que permitiria ao país sonhar com a adesão ao clube dos países desenvolvidos em 2020. Enquanto busca evitar o superaquecimento da economia, o governo fala em aumentar a produtividade do setor industrial. Investimentos na educação, para aperfeiçoamento da mão-de-obra, são ferramentas básicas do Plano de Desenvolvimento 1996-2000. A Malásia se espelha no exemplo da vizinha Cingapura, sucesso no item crescimento econômico. O governo cingapuriano elegeu a educação como prioridade para sustentar a expansão da economia. O governo malasiano precisa administrar tensões entre etnias, embora a situação hoje seja mais calma do que nos anos 60 e 70. O primeiro-ministro Mahathir Mohamad usa o Islã como bússola para direcionar a política externa e como bandeira para forjar uma "identidade nacional". O governo, no entanto, evita estimular o fundamentalismo islâmico. O consumo de bebidas alcoólicas e de carne de porco, proibido pelo Islã, é tolerado para evitar, por exemplo, problemas com a comunidade chinesa. A onda de nacionalismo faz com que as publicações oficiais usem a grafia Melaka em vez de Malacca. A última versão traria "influências coloniais", mas sobrevive no material turístico sobre a cidade. Próximo Texto: Monarquia malasiana faz rodízio de sultão Índice |
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