São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997
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Festa inicia com ingleses no mar

DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

A cerimônia oficial de despedida dos britânicos terá início às 18h do dia 30 de junho, quando o governador deixará a Government House -residência oficial dos governadores britânicos de Hong Kong- pela última vez, deslocando-se até East Tamar, no porto. Lá estarão reunidos representantes do governo e 10 mil convivas.
Mais tarde, um banquete para 4.000 pessoas terá lugar no novo -aliás, ainda inacabado- Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong. Segundo seus organizadores, o banquete está provocando um dos mais formidáveis problemas de logística já vistos na ainda colônia britânica.
Antes da meia-noite, na presença do príncipe Charles e do presidente chinês Jiang Zemin, a bandeira britânica será abaixada pela última vez, e a bandeira chinesa -vermelha com cinco estrelas- será hasteada sobre Hong Kong.
Depois disso, o príncipe Charles e o governador Patton vão embarcar no iate real "Brittania" rumo à eternidade histórica.
À meia-noite -quando presume-se que o iate real estará distante-, uma das mais espetaculares queimas de fogos de todos os tempos vai recobrir o porto com uma tempestade de luzes e sons.
Nos dois dias seguintes, que foram declarados feriados, o território abrigará uma série de concertos, festivais e eventos esportivos que ainda estão sendo acertados.
Elton John, um dos artistas convidados, recusou o convite quando soube que teria de obedecer a restrições tão sérias, no tocante ao volume do som, que metade das pessoas só poderiam ouvir o espetáculo com fones de ouvido.
Com tudo isso, Hong Kong, nesse momento de transição, promete ser sede de algumas das festas mais espetaculares da história. Por isso muita gente já reservou lugar.
Virtualmente, todos os quartos de hotel no centro e arredores da cidade já estão reservados, e é quase impossível encontrar lugar nos vôos com destino ao território.
Os interessados se atropelam para conseguir lugares em vôos para Macau, ou Guangzhou, na China, a três horas de trem.
Quem quiser acompanhar esse momento histórico em Hong Kong -e ainda não tiver reservas- só pode contar com a sorte. Muita coisa está acontecendo. A história está sendo escrita.

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