São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997
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Convite depende de sorte

DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Como seria de se esperar, a transição está sendo marcada por uma sucessão de comemorações: desfiles, concertos, memoriais, queima de fogos, coquetéis e eventos esportivos.
Se você é íntimo do governador britânico, Chris Patton, ou do chefe do executivo prestes a chegar, Tung Chee-Hwa, pode ser convidado para eventos elegantes, ao lado da alta sociedade de Hong Kong. Caso contrário, ainda poderá tomar parte em uma gama de atividades abertas ao público em geral.
No dia 27 de abril, a via expressa e as novas pontes suspensas, que ligam a península de Kowloon à ilha de Lantau, foram inauguradas com um desfile de bandas e embarcações e uma queima de fogos.
A via expressa e as pontes fazem parte de um projeto de US$ 21 bilhões que inclui a abertura de um novo aeroporto, que deve estar pronto no ano que vem e vai tomar o lugar da pista no meio da cidade, onde, hoje, jatos Boeing-747 aterrissam em mergulhos.
No dia 4 de maio foi promovida a maratona Tsing Yi-Lantau. Uma semana depois, uma caminhada atravessou as pontes suspensas.
Em junho, dois eventos vão marcar o massacre de estudantes na praça da Paz Celestial (Tiananmen), em Pequim, pelo Exército chinês, em 1989.
No dia 1º de junho, uma passeata vai percorrer o centro de Hong Kong em direção à sede da agência de notícias Nova China, que hoje funciona como representação diplomática chinesa no território.
No dia 4, aniversário do massacre, será realizada uma vigília no Victoria Park. No ano passado, mais de 30 mil pessoas se reuniram no local numa comovente cerimônia. Algumas pessoas acreditam que a vigília deste ano seja a última a ser autorizada em Hong Kong.
Suntuosidade
Uma quermesse para festejar a entrega do território terá lugar no estádio no dia 22 de junho, e a grande massa de luzes decorativas que enfeitam os prédios de escritórios da cidade será acesa no dia 28.
Durante o mês de junho haverá apresentações de dança e música, incluindo um concerto da Academia de St. Martin-in-the-Fields, no Centro Cultural de Hong Kong (nos dias 10 e 11), dois concertos da Orquestra Chinesa de Hong Kong, no estádio Queen Elizabeth (nos dias 21 e 22), e um concerto de percussão na prefeitura, no dia 29.
O Grupo de Teatro Chung Ying vai apresentar uma peça em chinês, registrando as transformações vividas pelo território. Tudo visto pelo olhar de uma menina. As apresentações terão lugar na sala Sha Tin (dias 21 e 22) e na sala Tsuen Wan (dias 28 e 29).
Nos dias que antecedem a cerimônia de entrega, uma das festas mais lautas acontecerá no Regent Hotel, em Kowloon. No dia 30 de junho, o hotel será decorado em estilo colonial.
Haverá uma festa de contagem regressiva e, exatamente à meia-noite, o tema da decoração do hotel passará a ser chinês, com um salão de bailes decorado para evocar a Cidade Proibida, em Pequim.
Os ingressos para os eventos no Regent estarão à venda a preços que ainda não foram anunciados, mas que, com certeza, serão astronômicos.

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