São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997
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Prédios encobrem marco da colonização

DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Na parte mais baixa do parque Hong Kong, você pode ver a mais antiga estrutura sobrevivente da era colonial em todo o território, a Flagstaff House.
É um gracioso sobrado cercado por colunas finas e um terraço no primeiro andar, que hoje abriga o Museu de Artigos para Chá.
A casa, que se encontra em reforma (prevista para terminar em 23 de junho), foi ocupada em 1846 pelo general George Charles d'Aguilar, então comandante das forças terrestres britânicas na China.
Naquela época, oferecia uma vista maravilhosa do porto de Hong Kong e das montanhas de Kowloon. Hoje, entretanto, os altos edifícios a cercam por todos os lados, deixando apenas uma estreita faixa do porto visível. A nova galeria K.S. Lo foi aberta recentemente, exibindo uma coleção de objetos de cerâmica e selos chineses.
Casa do governador
Em terreno um pouco mais alto, na rua Upper Albert, fica a residência do último governador britânico de Hong Kong. Quando a mansão ficou pronta, em 1855, Hong Kong já era regida por seu quarto governador britânico.
Cercada por belíssimos jardins, a casa em tom marfim é um sóbrio exemplar da arquitetura colonial neoclássica, modificada durante a Segunda Guerra Mundial pelos japoneses, que acrescentaram uma torre central que lembra o estilo arquitetônico japonês.
Patton vai deixar a residência no dia 30 de junho, mas seu sucessor, o armador Tung Chee-Hwa, já declarou que não pretende mudar-se para lá, afirmando que a casa possui mau "feng-shui" -a crença chinesa na importância de harmonizar a localização de estruturas feitas pelo homem com a natureza.
Mas, como boa parte de Hong Kong continua sendo marcada pelo colonialismo -muitas ruas ostentam nomes de governadores, primeiros-ministros, membros da família real britânica e até de um navio-, o futuro está ao norte, em direção à China e a Pequim.

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