São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 1997
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Imagem federal; Momento ruim; Média tucana; Conclave morubixaba; Mais uma vez; Algum lucro; Caminhos cruzados; Monólogo baiano; Meia-sola; Avaria política; Evitar comparações; Atrito à vista; Fugindo da forca; Primeiros passos; Pego no contrapé

Imagem federal
Sergio Amaral diz que pesquisa MCI feita na sexta passada (após o caso de compra de voto na reeleição) mostra que o governo FHC é avaliado como ótimo ou bom por 37%. Segundo o porta-voz, 44% julgaram o governo regular. E 14%, ruim ou péssimo.

Momento ruim
A avaliação de 37% de ótimo ou bom é a mais baixa desde o início do governo. Repete a fase de maio de 96, quando o índice era de 38% (salário mínimo de R$ 112, Proer do Econômico e chacina de sem-terra no Pará).

Média tucana
Sergio Amaral afirma que constantes levantamentos mostram que a avaliação do governo sempre ostentou índices de 37% a 50% de ótimo ou bom. Segundo ele, a aprovação ao governo (diferente do quesito avaliação) sempre esteve entre 50% e 70%.

Conclave morubixaba
Na volta da Espanha, ACM faz escala em Lisboa. Para falar com Jorge Bornhausen sobre Luís Eduardo na articulação política e sobre palanque de FHC em 98. Serjão ainda estará na cidade.

Mais uma vez
FHC, que queria terminar as reformas em junho, jogou para setembro o prazo para outra tentativa. A nova articulação política pedirá a convocação extraordinária do Congresso em julho.

Algum lucro
A entrada de Luís Eduardo (PFL) na coordenação política não é ruim para Michel Temer. Um peemedebista diz que ele se livraria das pressões para fazer o jogo do governo -que não casa com a presidência da Câmara.

Caminhos cruzados
A sorte de Amazonino Mendes (AM) no PFL está nas mãos de Luís Eduardo Magalhães. Por enquanto, o partido decidiu pegar leve com o governador, mas pode mudar de posição se o baiano exigir. Como fez com Ronivon Santiago e João Maia.

Monólogo baiano
A idéia de uma coordenação colegiada na Câmara tem um único objetivo: disfarçar o esvaziamento dos líderes. Eles próprios não têm dúvidas de que o palco foi armado para um solo de Luís Eduardo Magalhães.

Meia-sola
Iris Rezende confirmou Vicente Chelloti na direção da Polícia Federal. O secretário de Direito Econômico, Aurélio Wander Bastos, deve sair. O substituto será indicado em comum acordo com Pedro Malan (Fazenda).

Avaria política
Para um setor da cúpula do PT, a acusação de omissão de Lula sobre a denúncia de um militante prejudicaria uma eventual candidatura ao Planalto. Além da aposentadoria especial, seria outro flanco para adversários.

Evitar comparações
Parte da bancada do PT queria desqualificar Paulo de Tarso Venceslau, autor da acusação de corrupção no partido. A proposta foi derrubada: seria repetir o argumento do governo no caso da compra de votos da reeleição.

Atrito à vista
O Brasil deve votar em Villagrán Kramer para um vaga na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. O guatemalteco, que disputa com Hélio Bicudo, é o nome que mais desagrada às ONGs da área.

Fugindo da forca
O governador Paulo Affonso (SC) desistiu de disputar a reeleição. Para tentar uma composição com o PFL ou PDT que garanta os quatro votos que lhe faltam para impedir o processo de impeachment na Assembléia.

Primeiros passos
Um cacique peemedebista julgou desastradas as primeiras manifestações de Iris Rezende como ministro da Justiça. Aconselhou o novato Eliseu Padilha (Transportes) a ficar quieto até ter serviço para mostrar.

Pego no contrapé
No ato em defesa da CPI da compra de votos, marcado para amanhã no parque do Ibirapuera em São Paulo, o PT distribuirá panfletos com sua versão sobre a acusação de corrupção na sigla.

E-mail:painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Padre Roque (PT-PR), sobre Aécio Neves (PSDB-MG) propor CPI para apurar suposta ligação do petismo a corrupção:
- Entrará para a história da república do tucanato. Depois de resistir às CPIs dos bancos, do Sivam, das empreiteiras, da pasta cor-de-rosa e da compra de votos, o PSDB finalmente se rende a uma CPI.

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