São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 1997
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Suspeitas abrem crise interna

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

A crise detonada com a denúncia de Paulo de Tarso Venceslau abriu ontem novo capítulo da guerra interna entre as tendências do PT.
Seis dos oito membros da "esquerda" petista que têm assento na Executiva da legenda assinaram uma "carta aos militantes" exigindo mudanças.
O texto exige apuração das denúncias e critica a condução política imprimida pela atual direção, composta pelas alas de "centro" e "direita" do espectro petista.
A "esquerda" debita a crise ao objetivo, único do partido na sua visão, de "ganhar eleições a qualquer custo, inclusive o da perda de seu caráter militante".
Em outro trecho, o setor radical diz que, qualquer que seja o resultado da investigação sobre o caso Venceslau, proporá medidas para restringir o leque utilizado pelo PT para arrecadar recursos.
Recursos
O grupo reivindica que seja proibida a aceitação de recursos financeiras de qualquer empresa para as campanhas eleitorais do partido. A "esquerda" avisa, também, que disputará o comando do partido na convenção nacional, marcada para o final de agosto.
Até a eclosão do novo escândalo, Dirceu era considerado imbatível em seu projeto de reeleição para a presidência do PT.
Um resultado imediato da nova crise poder ser a diminuição do apoio à possível candidatura de Lula à Presidência da República na eleição de 98.
(CEA)

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