São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 1997![]() |
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Empresário petista visitou MG pela Cpem
PAULO PEIXOTO
A referência dada pelo empresário à prefeitura foi de que ele era advogado da prefeitura petista de São Bernardo e que estava assessorando diversas prefeituras do país. Anteontem, a Cpem divulgou nota negando qualquer atuação de Teixeira em favor da empresa. A Folha procurou ouvir Teixeira, que não quis comentar o caso. A prefeitura de Ipatinga contratou em 1990 os serviços da empresa, sem licitação, na primeira gestão do prefeito petista Chico Ferramenta (89 a 92), que cumpre agora o seu segundo mandato. A Cpem foi contratada para calcular o VAF (Valor Adicionado Fiscal), segundo o secretário de Planejamento da cidade. Nahas Júnior era o secretário da Fazenda de Ipatinga. Foi ele que negociou com a Cpem o "contrato de risco" para a apuração do VAF, segundo define a negociação com a empresa paulista. "Naquela época, saiu uma lei federal complementar regulamentando a metodologia de cálculo do VAF. Era uma coisa nova e eles ofereceram os serviços e cobraram um percentual em cima do montante que eles conseguissem acrescentar ao VAF", disse o secretário. Ele disse não se lembrar dos números exatos do percentual negociado com a Cpem, mas se prontificou a fornecer os documentos quando voltasse a Ipatinga. Nahas Júnior, entretanto, disse que a Cpem elevou entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões (valor atualizado) a arrecadação do VAF. "Eles devem ter ganhado em cima disso cerca de R$ 700 mil", disse. "Eu duvidava que eles conseguiriam aumentar a arrecadação. Achava que estavam subestimando a nossa capacidade técnica. Eles fizeram dois meses de trabalho de boa qualidade, nos ajudaram muito. Somos gratos a eles", disse. Sobre a dispensa de licitação, Nahas Júnior afirmou que foi feita "a interpretação de uma norma legal" e devido à "singularidade do objeto e ao "currículo deles (Cpem)", ocorreu a contratação. PT O presidente do PT mineiro, deputado federal Tilden Santiago, disse ontem que foi "um erro do partido não ter averiguado as denúncias". Segundo ele, o PT está determinado agora a apurar o caso com total transparência. "É impossível não haver transparência na apuração por causa da militância", disse Santiago. Com relação a Ipatinga, ele disse que não existe uma denúncia formalizada envolvendo a prefeitura, mas que o partido está preparado para investigar, caso isso ocorra. Texto Anterior: 'Objetivos eram diferentes' Próximo Texto: PT se omite em investigações Índice |
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