São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 1997 |
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Petista muda de posição
CARLOS EDUARDO ALVES
No telefonema, Estanislau alegou que pode ter sido "mal interpretado" quando disse que a renovação do contrato entre a Cpem e a Prefeitura de Santo André foi discutida com o advogado Roberto Teixeira. Dobbeck, ao contrário do que afirmara anteontem, disse que conversara poucas vezes com Teixeira, sempre sobre outros assuntos. Agora, declarou que os assuntos da Cpem eram tratados com Dirceu Teixeira, irmão de Roberto. A declaração de Dobbeck na edição de anteontem foi reproduzida literalmente. Perguntado especificamente se Roberto Teixeira tivera participação na negociação do contrato, o ex-secretário petista disse que "quando era hora de renovar o contrato conversei umas duas vezes com Roberto Teixeira, que falava em nome da Cpem". Na entrevista à rádio, Dobbeck disse que "não é verdade" que revelara a participação de Teixeira na negociação com a Prefeitura de Santo André. Depois, declarou que questionava a fórmula de cálculo utilizada no contrato com a Cpem para chegar à remuneração da empresa e que não afirmara, como publicou a Folha, que a "remuneração que a Cpem cobrava era aparentemente alta". Na conversa com a reportagem do jornal ontem, Dobbeck recordou trechos da entrevista do dia anterior e, então, admitiu que a declaração reproduzida na edição de ontem "pode ter sido feita". Dobbeck disse que estava "assustado" com repercussão da entrevista concedida à Folha e, por isso, respondeu de maneira imprecisa a algumas perguntas feitas pela rádio CBN. Em fax enviado no começo da noite à Folha, Dobbeck afirmou que suas declarações podem ter sido escritas de forma "equivocada". Nele, reafirma que "nunca" conversou com Roberto Teixeira ou Lula sobre a Cpem. Texto Anterior: Rio quer vender Banerj no dia 17 Próximo Texto: CUT desiste de greve geral e anuncia 'Dia Nacional de Luta' Índice |
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